Adolescente sofre estupro coletivo em escola pública e família denuncia agressõe

O jovem de 12 anos passou por um exame no Instituto Médico Legal e, depois, registrou um boletim de ocorrência

Larissa Maestri, com informações do G1 | 21/07/2022, 18:43 18:43 h | Atualizado em 21/07/2022, 18:44

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00120414_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00120414_00.jpg%3Fxid%3D363008&xid=363008 600w, O jovem de 12 anos passou por um exame no Instituto Médico Legal e, depois, registrou um boletim de ocorrência
 

A família de um adolescente de 12 anos denunciou que o filho sofreu agressões e estupro coletivo em uma escola pública estadual, em Recife. O crime teria sido cometido por outros alunos e, agora, é investigado pela Polícia Civil.

Segundo informações do portal g1, os agressores perseguiam o menino em salas de aula e também nos horários de intervalo. O adolescente parou de sair por medo.

“Eles entravam, jogavam ele no chão e espancavam ele ali, no chão, para ninguém ver. Chegaram ao ponto de levar ele para o banheiro, né? Aí, botaram arma na cara dele. E foi quando três deles seguraram ele e os outros cometeram o abuso”, contou a mãe da vítima ao g1.

Agora, a família se mudou para outra cidade. “Acabou com a saúde mental, social, saúde. Acabou com a vida do meu filho”, relatou a mulher. “Eles sabiam onde ele morava, eles ameaçavam toda a família, sabiam o nome da gente.”

O jovem de 12 anos passou por um exame no Instituto Médico Legal e, depois, registrou um boletim de ocorrência. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os nomes do garoto e dos parentes não serão divulgados.

A mãe afirmou que o menino, que era um bom aluno e um jovem alegre, passou a se isolar e parou de sair de casa. A família começou a ficar preocupada, mas o menino não expunha o que ocorria. O jovem pediu ajuda para a avó, que relatou o caso para a mãe.

“Pediam a ele dinheiro. Queriam dinheiro, a todo tempo dinheiro. E cada vez que ele chegava na escola, que ele não tinha conseguido dinheiro, ele apanhava”, contou a mãe ao g1.

Em um determinado período, o menino fingia para a família que ia para a escola, mas não aparecia. O colégio, então, ligou para a casa do aluno. Quando a mãe expos a situação de agressões e abusos, a escola negou. “Disseram que era tudo coisa da cabeça dele. Que nada disso era verdade, que eu não desse importância porque era tudo coisa da cabeça dele.”

O caso aconteceu em 15 de março e a denúncia foi feita em 13 de abril na Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente. O jovem está medicado e está em tratamento psicológico.

O que diz a Secretaria de Educação

À TV Globo, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco enviou uma nota, afirmando que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

“A Secretaria de Educação reitera o compromisso com a cultura de paz no ambiente escolar, onde todo e qualquer tipo de preconceito é inadmissível. Em caso de violência, os estudantes são orientados a informar aos professores e a gestão da escola, que fazem escuta ativa e tomam as medidas cabíveis para sanar o problema.”

A Polícia Civil não respondeu a emissora sobre o caso.

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