Lula equilibrando o jogo político entre Raquel Lyra (PSDB) e João Campos (PSB)

Presidente fez afagos à governadora e ao prefeito do Recife

Aline Moura | 18/01/2024, 19:16 19:16 h | Atualizado em 18/01/2024, 20:14

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/160000/372x236/Lula-equilibrando-o-jogo-politico-entre-Raquel-Lyr0016386600202401182014/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F160000%2FLula-equilibrando-o-jogo-politico-entre-Raquel-Lyr0016386600202401182014.jpg%3Fxid%3D711310&xid=711310 600w, Lula segue a um ano sem gerar conflitos com a governadora Raquel Lyra (PSDB).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) equilibrou os discursos políticos para manter a boa relação política que tem com a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito João Campos (PSB). Depois de falar sobre a retomada das obras na Refinaria Abreu e Lima, localizada no município de Ipojuca, o presidente brincou:

“A refinaria quando estiver funcionando totalmente vai faturar 100 bilhões por ano. Eu acho que o João Campos ficou triste porque a prefeita de Ipojuca vai ganhar mais dinheiro, o governo do estado vai ganhar mais dinheiro, mas o João tem que saber que o Recife, como é capital, é a cidade mais importante, o povo ganha dinheiro aqui e vai gastar lá”, afirmou, deixando o prefeito vermelho. O público ovacionou.

A refinaria vai faturar U$ 100 bilhões ao ano. Lula prometeu que também vai dar início à construção de navios do Estaleiro Atlântico Sul.

Para Raquel, ele falou duas coisas. Disse que teria uma relação republicana com a gestora e não repetiria o que fez o antecessor no tratamento ao Nordeste. Também frisou respeitar o povo que a elegeu, mesmo que ela não tivesse participado de seu palanque em 2022. Raquel disputou o segundo turno e ficou neutra nas eleições presidenciais.

“Eu respeito o povo de Pernambuco que a elegeu (...)"

Também em tom gentil, Lula falou. "Seria bom que ela (Raquel) governasse nos tempos do Bolsorono. Era um inferno, era como se fosse o capeta negando o pão para quem precisava”, disparou o presidente, lembrando que os governadores do Nordeste foram maltratados durante quatro anos.

Para se ter uma ideia, o então governador Paulo Câmara (ex-PSB) não era convidado para as solenidades presidenciais de Bolsonaro em Pernambuco. Os governadores nordestinos criaram um consórcio para atuar em bloco e negociar com o governo federal, mas o acesso era restrito.

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Da parte de Raquel Lyra, também houve afagos a Lula. O discurso dela assemelhava-se a de um aliada, atribuindo a Lula a missão de devolver a Pernambuco o papel de liderança.

"Estamos verdadeiramente vivendo um tempo de mudança, em que contamos com a parceria do presidente Lula para devolver a Pernambuco o seu lugar de liderança", disse a governadora.

Ela acrescentou: "Estamos trabalhando incansavelmente para permitir que as pessoas tenham capacidade de sonhar, trabalhar, fazendo cada canto do nosso Estado se desenvolver. Este dia marca o reencontro do passado de Pernambuco com o seu futuro", ressaltou Raquel Lyra, que recebeu o presidente e a sua comitiva um pouco antes do evento na Base Aérea do Recife.

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