Polícia prende servidores do TJPE suspeitos de corrupção

Crime envolvia produção de alvarás falsos com valores a receber e lavagem de dinheiro

Edilson Vieira | 25/04/2024, 10:25 10:25 h | Atualizado em 25/04/2024, 10:25

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Policia-prende-servidores-do-TJPE-suspeitos-de-cor0017809300202404251025/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FPolicia-prende-servidores-do-TJPE-suspeitos-de-cor0017809300202404251025.jpg%3Fxid%3D789762&xid=789762 600w, Ao todo, seis pessoas foram presas em seis cidades diferentes

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta quinta-feira (25) uma operação para prender seis suspeitos de corrupção, comunicação falsa de crime, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica praticados no âmbito do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Os crimes foram denunciados pelo próprio TJPE, que em nota informou que "tão logo cientificada dos supostos desvios praticados à época pelos servidores, a Corregedoria Geral de Justiça estadual direcionou o caso à Divisão de Investigação e Apuração do TJPE, que, após aprofundamento das investigações e diante de provas contundentes de ilícitos penais, articulou o direcionamento do caso ao DRACCO [ Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, da Polícia Civil". 

O TJPE informou ainda que, entre os presos estão servidores do Poder Judiciário que estariam relacionados à falsificação e à expedição indevidas de alvarás. Dois desses servidores já estão com decisão administrativa de demissão, diz o Tribunal.

COMO ERA O CRIME

A quadrilha utilizava o certificado de uma juíza aposentada para expedir alvarás falsos com valores a serem recolhidos. O dinheiro das ações judiciais eram transferidos para conta de laranjas, pessoas que não tinham nada a ver com o processo, e que repartiam com a quadrilha os valores desviados. A magistrada não tinha conhecimento dos crimes praticados com o nome dela.

A Justiça também determinou o sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros de pessoas da quadrilha. A polícia apreendeu carros e outros objetos de valor, como joias, relógios e bolsas de grife.

A investigação começou em outubro do anos passado e os mandados de prisão foram cumpridos  nesta quinta-feira (25) nas cidades pernambucanas de Recife, Gravatá, Afogados da Ingazeira, Iguaraci e Sairé, além de uma cidade da Paraíba.

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