PF investiga desvio de recursos no Programa Leite de Todos

Alvo foi organização criminosa liderada por um servidor público

Da Redação do Tribuna Online | 02/08/2023, 09:13 09:13 h | Atualizado em 02/08/2023, 09:14

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/140000/372x236/PF-investiga-desvio-de-recursos-no-Programa-Leite-0014623100202308020913/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F140000%2FPF-investiga-desvio-de-recursos-no-Programa-Leite-0014623100202308020913.jpg%3Fxid%3D595540&xid=595540 600w,

Em conjunto com a Controladoria Geral da União, a Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a Operação Desnatura 2. O propósito é desarticular mais um núcleo da organização criminosa investigada no caso de desvio de recursos públicos destinados ao “Programa Leite de Todos e PAA-Leite”, do Governo do Estado de Pernambuco, custeados também com recursos do Governo Federal. 

O núcleo alvo da ação de hoje é um ex-servidor da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado de Pernambuco, o qual teria constituído uma associação com o propósito de fraudar o programa social voltado a garantir a segurança alimentar da população de baixa renda.

A Operação Desnatura 2 conta com a participação efetiva de 50 policiais federais e 04 Auditores da CGU, visa dar cumprimento a 09 mandados de busca e apreensão, em Recife (03), Jaboatão dos Guararapes (01), Paulista (01), São Benedito do Sul (01), Maraial (01); São Paulo/SP (01) e Rio de Janeiro/RJ (01). 

O trabalho é um desdobramento das Operações Lácteos e Desnatura, deflagradas também pela Polícia Federal em Pernambuco, nos meses de novembro de 2022 e junho de 2023.

As investigações iniciais revelaram que empresários ligados a um grande laticínio sediado no interior do Estado e a uma empresa sediada na cidade de Recife, teriam desviado verbas do Governo Federal - PAA-Leite, que deveriam ter sido destinadas à aquisição de leite cru, fornecido por produtores rurais inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf.

Nas fases anteriores, a Justiça decretou o sequestro patrimonial de bens e valores dos investigados, no valor total de R$ 95.931.880,15 para descapitalizar a organização criminosa e ressarcir os cofres públicos, além das prisões preventivas de seis deles. 

São investigados crimes de peculato, estelionato, obstrução à justiça, lavagem de dinheiro e crimes contra a saúde pública, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de reclusão.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: