Professores da UFPE rejeitam proposta de reajuste do governo e mantêm greve

Universidade tem cerca de 3 mil docentes e paralisação já dura quatro dias

Aline Moura | 25/04/2024, 15:30 15:30 h | Atualizado em 25/04/2024, 15:30

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Professores-da-UFPE-rejeitam-proposta-de-reajuste-0017816700202404251530/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FProfessores-da-UFPE-rejeitam-proposta-de-reajuste-0017816700202404251530.jpg%3Fxid%3D790128&xid=790128 600w, A Assembleia da categoria, realizada nesta quinta-feira (25), na Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), contou com 201 docentes votantes.

Os professores da Universidade Federal de Pernambuco rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial oferecida pelo Governo Federal que oferece, entre outros pontos, 0% de reajuste para 2024. A Assembleia da categoria, realizada nesta quinta-feira (25), na Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), contou com 201 docentes votantes. 

Com a votação, a greve segue firme, sem prazo para acabar. Os professores rejeitaram, na assembleia, a proposta do governo, que prevê zero de reajuste este ano, 9% no ano que vem e 13,5% para 2026. A Universidade Federal de Pernambuco tem cerca de 3 mil professores. Ainda não se sabe o impacto na rotina dos alunos, porque a paralisação tem quatro dias e ainda não tem adesão de 100% dos docentes.

“A assembleia de hoje foi extremamente importante, contamos com 201 professores presentes, ou seja, um número significante, votamos se estávamos a favor contra essa proposta do governo. Essa proposta, que inclusive continuava com 0% de aumento para 2024, foi rejeitada por consenso, ou seja, pela unanimidade dos professores”, declarou a presidente da Adufepe, Teresa Lopes.

Segundo Teresa, a assembleia também votou questões relativas aos adendos, que são a assinatura do termo com o governo. “A gente também voltou de forma contrária, porque a gente não quer somente para a gente, a gente quer para os aposentados também”, acrescentou.

Ao ser indagada sobre os próximos passos do movimento paredista, Teresa respondeu: “A greve continua e está cada vez mais forte na UFPE. Nós estamos recebendo diariamente as adesões dos departamentos, dos núcleos e dos centros da Universidade Federal de Pernambuco. Agora, a gente volta para o comando de greve”, declarou.

A presidente da Adufepe explicou que dois delegados representando Pernambuco estão indo para o Comando Nacional de Greve. “A gente já aprovou os três que vão seguir na sequência, quando esses dois retornarem. A mobilização continua, a gente vai começar agora uma série de atividades feitas dentro da UFPE para mobilizar os professores. Continuamos a convidar os professores a se engajarem na luta”, destacou.

Reivindicações da categoria:

Reajuste salarial: Os professores reivindicam um reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. A categoria argumenta que a recomposição é necessária para repor a defasagem salarial acumulada ao longo dos últimos anos, que chega a 35%.

Mais recursos para a educação: Os docentes também reivindicam mais recursos para a educação, incluindo investimentos em infraestrutura, pesquisa e ensino. Segundo a categoria, a falta de recursos está comprometendo a qualidade do ensino e da pesquisa na universidade.

Reestruturação das carreiras: Por fim, os professores pedem a reestruturação das carreiras docente e técnico-administrativa, com a criação de novas faixas salariais e a valorização da experiência profissional.

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