Presépio nos EUA mostra Jesus separado dos pais em jaula com grades

| 09/12/2019, 21:44 21:44 h | Atualizado em 10/12/2019, 09:11

O presépio de uma igreja metodista da Califórnia, nos Estados Unidos, chamou a atenção de internautas dentro e fora do país ao fazer uma analogia entre a Sagrada Família e os imigrantes separados de seus parentes na fronteira com o México.

Na montagem, que viralizou após uma foto ser postada nas redes sociais por uma ministra da Claremont United Methodist Church, Maria, José e Jesus aparecem separados, cada um dentro de uma gaiola com grades. 

"Em uma época de nosso país na qual famílias de refugiados buscam asilo na fronteira e eles são separados entre si contra a vontade, consideramos a família de refugiados mais conhecida do mundo. Jesus, Maria e José, a Sagrada Família", diz o início da explicação para a escolha.

O texto lembra que, logo após o nascimento, o casal foi forçado a fugir com o bebê de Nazaré para o Egito para escapar de um tirano, o rei Herodes, e que eles temiam perseguição e morte. 

"E se essa família buscasse refúgio no nosso país hoje?", prossegue o texto. "Imagine Jesus e Maria separados na fronteira e Jesus com menos de dois anos tirado de sua mãe e colocado atrás de grades de um centro de detenção da Patrulha de Fronteira, como mais de 5.500 crianças nos últimos três anos".

A explicação traz passagens da Bíblia e diz ainda que "Jesus cresceu para nos ensinar bondade e compaixão e uma acolhida radical a todas as pessoas" e que, no presépio, "a Sagrada Família ocupa o lugar de milhares de famílias sem nome separadas na fronteira". 

Dentro da igreja, a Sagrada Família aparece reunida novamente, afirma o post, que teve 22 mil compartilhamentos e 11 mil comentários em dois dias e traz as hashtags #holyfamilyseparated (Sagrada Família separada) e #endfamilyseparation (acabem com a separação das famílias).

A church in California has created a nativity scene putting Jesus, Mary & Joseph - the most well-known refugee family in the world - in separate cages.

It is intended to make us ask ourselves: “What if this family sought refuge in our countries today?” pic.twitter.com/Be9AtTcFok

— Stefan Simanowitz (@StefSimanowitz) December 9, 2019

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