Hamas diz que bombardeios de Israel mataram reféns

Os israelenses foram feitos reféns durante ataque surpresa do Hamas no sábado

Agência Folhapress | 09/10/2023, 11:54 11:54 h | Atualizado em 09/10/2023, 11:56

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/150000/372x236/Hamas-diz-que-bombardeios-de-Israel-mataram-refens0015203100202310091154/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F150000%2FHamas-diz-que-bombardeios-de-Israel-mataram-refens0015203100202310091154.jpg%3Fxid%3D639722&xid=639722 600w, Bombardeio na Faixa de Gaza durante o primeiro dia do conflito

Bombardeios de Israel na Faixa de Gaza mataram quatro reféns israelenses, afirmou um porta-voz do Hamas nesta segunda-feira (9). Eles haviam sido raptados durante o ataque surpresa do grupo radical islâmico do último sábado (7).

"Os bombardeios na Faixa de Gaza nesta noite resultaram na morte de quatro prisioneiros inimigos e no martírio de seus captores, os Mujahideen de Qassam", disse Izz ad-Din al-Qassam, porta-voz do Hamas, em comunicado pelo Telegram.

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O ataque do grupo a Israel deixou 700 pessoas mortas em solo israelita e resultou ainda na captura de cerca de 100 pessoas, entre civis e militares. A ofensiva de Tel Aviv, por sua vez, que realizou mais de 500 ataques aéreos e de artilharia durante a noite, deixou mais de 560 mortos na Faixa de Gaza

Israel já havia dito que agiria para libertar os reféns, o que tem o potencial de limitar as opções do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu —os planos de incursão a territórios palestinos poderiam ser refreados pela preocupação com os capturados.

No fim de semana, o Jihad Islâmico afirmou que mantém em cativeiro mais de 30 israelenses. O chefe do grupo, Ziad al-Nakhala, disse que não repatriaria os reféns até que todos os prisioneiros palestinos fossem libertados.

À agência de notícias Reuters, uma fonte afirmou que mediadores do Catar fizeram contato com autoridades do Hamas para tentar negociar a liberdade de mulheres e crianças israelenses apreendidas pelo grupo em troca da libertação de 36 mulheres e crianças palestinas das prisões de Israel.

Um oficial israelense, porém, teria dito que não há negociação, de acordo com o jornal Times of Israel —uma resposta à afirmação de um militante do Hamas de que Tel Aviv teria entrado em contato com Doha.

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A pequena mas rica potência energética tem objetivos ambiciosos de política externa e já ajudou a mediar tréguas entre o grupo islâmico e Israel —Doha tem uma linha direta de comunicação com o Hamas.

Além do Catar, o Egito tem sido um país chave para as tentativas de negociação, afirmou uma autoridade palestina à Reuters. A intensidade do conflito, porém, lança dúvidas sobre qualquer avanço.

Após o Hamas lançar aproximadamente 5.000 foguetes e entrar por terra, mar e ar em Israel no sábado, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que reforçaria o bloqueio contra a Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.

Não houve resposta imediata a pedidos de comentários enviados ao Ministério das Relações Exteriores do Catar, ao Hamas ou ao Departamento de Estado dos Estados Unidos. Já o gabinete do primeiro-ministro de Israel disse que não se pronunciaria.

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