Europa diz que Rússia pode impor corte de gás e teme dificuldade no inverno

"A Rússia está nos chantageando, usando a energia como arma", disse a presidente do Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen

Agência Folhapress | 20/07/2022, 11:23 11:23 h | Atualizado em 20/07/2022, 11:24

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00120310_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00120310_00.jpg%3Fxid%3D362279&xid=362279 600w, União Europeia teme corte total de gás
 

A União Europeia (UE) avalia o corte total do fornecimento de gás da Rússia como um cenário possível, afirmou nesta quarta-feira (20) a presidente do Executivo do bloco, Ursula von der Leyen.

A fala veio após a Comissão Europeia propor aos países-membros que adotem a meta voluntária de corte de 15% da demanda doméstica por gás natural, com o objetivo final de diminuir a dependência de Moscou.

A sugestão integra um pacote lançado pela Comissão para pensar nas dificuldades que serão enfrentadas no inverno no Hemisfério Norte, e todos os cidadãos estão sendo convidados a poupar gás nas próximas semanas.

"A Rússia está nos chantageando, usando a energia como arma", disse a alemã durante entrevista coletiva. "Seja um corte parcial ou um corte total do gás russo: a Europa precisa estar pronta."

Pouco depois, em sua conta oficial no Twitter, ela pediu que as nações que integram o bloco demonstrem unidade. "Temos de pensar na nossa segurança energética; aprendemos com a pandemia que, se agirmos em unidade, podemos enfrentar qualquer crise", escreveu.

O holandês Frans Timmermans, que lidera assuntos de clima na Comissão, pediu que os cidadãos diferenciem quais gastos de energia são realmente necessários e quais são apenas confortáveis. "Com cortes gerenciados e abrindo mão de alguns confortos, podemos evitar uma crise total neste inverno."

Dados de abril do Eurostat, o gabinete de estatísticas da UE, mostravam que mais de 48% do gás natural do bloco era importado da Rússia. Na sequência estavam Noruega (18%) e Argélia (13%).

SUGERIMOS PARA VOCÊ: