China e EUA medem forças no com exercícios militares no Pacífico

| 06/07/2020, 20:22 20:22 h | Atualizado em 06/07/2020, 20:52

O Mar do Sul da China anda para lá de movimentado, desde o final de semana. É que Pequim não gostou nem um pouco de saber que dois dos maiores porta-aviões americanos estaiam nas águas da costa chinesa. Esta medição de forças acontece num momento de tensão entre as duas potências rivais na região Ásia-Pacífico.

Em uma rara interseção de exercícios navais das duas potências rivais em uma das regiões mais tensas da Ásia, os EUA e a China posicionaram embarcações militares em vários pontos do Mar do Sul da China, alvo de uma série de disputas territoriais. Pequim deixou clara sua insatisfação com a presença de navios americanos em uma área que considera sua, e declarou, nesta segunda-feira (6), que Washington tem "outras motivações".

"Os EUA enviaram, de forma intencional, um contingente militar para exercícios de grande escala no Mar do Sul da China, para mostrar sua força", disparou  o porta-voz da Chancelaria chinesa, Zhao Lijian, em entrevista coletiva.

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Os exercícios chineses começaram na quarta-feira (1) e seguiram até o domingo (5), e se localizaram perto de um arquipélago disputado pela China e pelo Vietnã, as ilhas Paracel. Pequim as considera parte de seu território e disse estar em seus plenos direitos ao levar as embarcações para a área.

Mas países como as Filipinas e o Vietnã, que também têm interesses territoriais na área, criticaram a operação, contando com o apoio dos EUA na questão. Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores do Vietnã disse que as ações eram uma violação da sua soberania, e que isso poderia prejudicar as relações da China com os demais países asiáticos.

Para o Secretário de Defesa das Filipinas, os exercícios foram "extremamente provocativos". Na mesma linha, o Departamento de Estado dos EUA declarou que Pequim agia para "garantir posições marítimas ilegais e prejudicar as nações vizinhas do Sudeste Asiático".

"As ações da China contrastam com suas promessas de não militarizar o Mar do Sul da China e com a visão dos EUA para uma região Indo-Pacífica livre e aberta", declarou o departamento, em comunicado divulgado na semana passada.

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