Vila Velha é a 5ª cidade com imóveis mais valorizados

| 12/08/2020, 21:05 21:05 h | Atualizado em 12/08/2020, 21:19

Superando as médias nacionais de crescimento no setor imobiliário, o Espírito Santo se destacou na valorização dos imóveis. Com aumento de 0,62% no último mês, Vila Velha registrou a maior valorização do Estado e a quinta do País.

Os dados são do Índice FipeZap, divulgado na última semana, que monitora o comportamento do preço de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras — no Estado, Vitória e Vila Velha são analisadas.

O resultado coloca Vila Velha na frente de 15 das 16 capitais presentes no estudo, perdendo apenas para Brasília, a primeira colocada no ranking, com valorização mensal de 1.92%.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-08/372x236/vila-velha-cae57160b6ffae7b37f738540c4ac5c8/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-08%2Fvila-velha-cae57160b6ffae7b37f738540c4ac5c8.jpeg%3Fxid%3D136783&xid=136783 600w, Procura por imóveis em vila velha  cresceu em julho e deve valorizar mais nos próximos meses, segundo especialistas do setor. Brasília, com valorização mensal de 1,92%, lidera o ranking
Completam o top 5 as cidades de Barueri (SP), com valorização de 1,16%, Itapema (SC), com alta de 0,75%, e Novo Hamburgo (RS), com alta de 0,63%. Enquanto Vitória foi décima melhor entre todas as cidades no ranking mensal, apresentando alta de 0,49%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, Vitória é a terceira capital do País onde os preços dos imóveis mais subiram: alta de 3,61%, atrás apenas de Florianópolis (SC), com 5,22%, e Curitiba (PR), com 4,21%. Além disso, está em oitavo lugar contando somente os sete primeiros meses deste ano (2,16%).
Nacionalmente, a média do País nos últimos 12 meses teve alta de 2,31%. Porém, quando se considera apenas de janeiro a julho de 2020, a alta é menor, atingindo 0,46%.

Para se ter uma ideia, Recife (PE) esteve entre as cidades com os maiores índices de queda nas acumulações mensais, em 12 meses e deste ano. Na acumulação mensal, a capital pernambucana apresentou queda de 1,72%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a queda foi brusca, de 5,54%, assim como no acumulado de 2020, com queda foi de 5,53%.


Ranking

Cidade ------ Variação
1º Brasília (DF) ------ + 1,92%
2º Barueri (SP) ------ + 1,16%
3º Itapema (SC) ------ + 0,75%
4º Novo Hamburgo (RS) ------ + 0,63%
5º Vila Velha ------ + 0,62%
6º Itajaí (SC) ------ + 0,61%
7º Belo Horizonte (MG) ------ + 0,60%
8º Campinas (SP) ------ + 0,56%
9º João Pessoa (PB) ------ + 0,51%
10º Vitória ------ + 0,49%

Fonte: Índice fipezap


Crescimento da procura em Cachoeiro e Colatina

A valorização dos imóveis é tendência também fora da Grande Vitória. Especialistas destacam o potencial de valorização no preço dos imóveis no Estado, com destaque para os municípios de Colatina e Cachoeiro de Itapemirim.

O presidente em exercício do Conselho Regional de Corretores de Imóveis – 13ª Região (Creci-ES), Luiz Carlos Tófano, destacou que há uma tendência de alta nos imóveis da região Sul do Estado.

“Há um aumento na procura por imóveis no Sul, em Marataízes, Alegre e especialmente em Cachoeiro. O momento de comprar é agora, porque a tendência é de alta”, orientou.

Já o consultor imobiliário Fernando Valverde destaca a valorização em Colatina, no Noroeste do Estado.

“Com a queda da taxa Selic, os imóveis em Colatina aumentaram de valor, porque tornou-se mais interessante investir no setor”, explicou Fernando Valverde.

Alta dos preços é uma tendência

A alta nos preços dos imóveis em Vila Velha e Vitória deve ser uma tendência para os próximos meses, de acordo com especialistas do setor, graças à menor oferta e ao aumento da demanda.

O economista Mário Vasconcelos destacou que o mercado imobiliário passa por um momento de aquecimento devido à pandemia do novo coronavírus.

“As linhas de crédito e a taxa de juros reduzidas, disponibilizadas durante o período da pandemia, influenciaram num aumento do interesse da população por imóveis. Isso provocou um aquecimento no setor, o que valoriza os imóveis”, avaliou o economista.

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O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Sandro Carlesso, explicou que houve uma redução nas ofertas de imóveis e aumento da demanda.

“Tínhamos lançamentos previstos para 2020 que não ocorreram, o que fez a oferta de imóveis diminuir, mas a demanda cresceu devido ao interesse da população em comprar imóveis com as taxas de juros mais baixas”.

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