Construtoras já aceitam Pix

| 30/12/2020, 16:31 16:31 h | Atualizado em 30/12/2020, 16:45

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-12/372x236/pix-36f6364b2c06fb6c82a995ab33787b8c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-12%2Fpix-36f6364b2c06fb6c82a995ab33787b8c.jpeg%3Fxid%3D156486&xid=156486 600w, Aplicativo foi lançado em novembro para operar a  plataforma criada pelo Banco Central para agilizar transações

Lançado em novembro, o Pix é uma plataforma criada pelo Banco Central (BC) para facilitar e acelerar transferências de dinheiro. É possível realizar pagamentos gratuitos, 24 horas por dia e sete dias por semana, incluindo feriados. O dinheiro cai na conta na mesma hora.

De olho na praticidade do novo sistema de pagamentos, algumas construtoras do Estado já aderiram ao Pix para receber pagamentos de clientes e também pagar fornecedores.

“Fizemos o cadastro assim que o Pix foi liberado pelos bancos. A principal vantagem dessa forma de pagamento é que elimina a memorização e digitação de muitos dados para efetuar pagamentos, além do crédito imediato para quem recebe”, ressaltou Alessandro Torezani, diretor administrativo-financeiro da Argo Construtora.

“Já temos clientes utilizando, em todas as propostas já incluímos nossa chave para pagamento. Alguns clientes solicitam essa informação ao setor de contrato e atendimento, principalmente para fazerem adiantamentos”, completou Torezani.

Paulo Baraona, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-ES), também utiliza o Pix em sua empresa. “Nós usamos muita transferência bancária e pagamentos online. Com essa novidade, as transferências são instantâneas”, explicou.

Ele disse ainda que está pagando fornecedores e alguns funcionários pelo Pix. “Em relação ao consumidor, essa demanda ainda não chegou tão forte, mas com certeza é uma tendência para o próximo ano”, analisou.

Baraona completa: “Enquanto isso, estamos aproveitando a praticidade para pagar prestadores de serviço, materiais de construção e empreiteiros”.

O BC também está desenvolvendo uma ferramenta para facilitar a compra de ativos, como imóveis e carros. A ideia é acelerar o processo, integrando o sistema da transferência da posse com a ordem de pagamento. Atualmente, o Pix funciona só com recursos que estão na conta do pagador, como débito.

Para 2021, o Banco Central pretende implementar o Pix como parcelamento no cartão de crédito. Já o débito automático está em estudo e deve ser lançado somente em 2022.

Pode haver cobrança de taxas

Para pessoa física não haverá tarifa se ela usar o Pix para realizar transferências ou executar pagamentos. A informação é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Poderá haver uma exceção no caso de finalidade de compra, em atividades comerciais, como para vendedores pessoas físicas que recebem Pix relacionado à venda do produto ou serviço.

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Para as pessoas jurídicas poderá haver tarifa tanto no envio quanto para um recebimento de Pix. É preciso procurar a instituição e verificar as condições sobre este novo meio de pagamento.

Segundo a Febraban, à medida que as transações do Pix continuarem crescendo entre as pessoas físicas, a adoção do novo sistema de pagamento deve ganhar mais adesões entre as pessoas jurídicas.

O sistema é recém-lançado e os bancos já desenvolveram APIs (conjunto de padrões de programação para acesso a um aplicativo ou software) para se integrarem com o sistema de vendas de lojistas, de maneira simples e prática.

“A Febraban acredita que a economia tende a ganhar mais velocidade e ritmo, já que recursos entram e saem das contas de forma instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana”, defende a Federação, sobre as vantagens do novo sistema de pagamentos.


Análise 


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“As pessoas estão usando mais o Pix para fazer compras de valor mais baixo ou transferências menores entre pessoas físicas.

Para nós, tudo que facilitar e diminuir custos para o comprador e reduzir o tempo de transação é bem-vindo, são medidas importantes. As empresas já estão se organizando nesse sentido.

Acho que vamos ver mais transações imobiliárias utilizando a plataforma já nos primeiros meses do próximo ano. É um grande facilitador, instantâneo e gratuito.

Muitas pessoas e empresas ainda não tiveram, com a correria de final de ano, tempo de analisar as vantagens, fazer o cadastro e, entender como o Pix funciona.

No caso de pagamentos imobiliários, quando os valores são mais altos, o cliente precisa se sentir seguro para transferir valores mais altos pelo novo sistema de pagamentos.

No final de ano, as pessoas param de procurar imóveis, envolvidos nas festividades de Natal e Ano-Novo. Passando tudo isso, as facilidades do Pix serão mais avaliadas”

Sandro Carlesso, diretor da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Estado

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