Robert Scheidt bate recorde e confirma vaga na sua 7ª Olimpíada

| 13/02/2020, 21:31 21:31 h | Atualizado em 13/02/2020, 21:51

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-02/372x236/robert-scheidt-confirma-vaga-e-sera-primeiro-brasileiro-a-disputar-sete-olimpiadas-41c083d4f61049087f62b0ebb59dd24c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-02%2Frobert-scheidt-confirma-vaga-e-sera-primeiro-brasileiro-a-disputar-sete-olimpiadas-41c083d4f61049087f62b0ebb59dd24c.jpg%3Fxid%3D108644&xid=108644 600w, Robert Scheidt confirma vaga e será primeiro brasileiro a disputar sete Olimpíadas

Antes mesmo do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o velejador Robert Scheidt já fez história na competição. Nesta quinta-feira, ele confirmou vaga na sétima Olimpíada seguida e se tornou o atleta brasileiro com maior número de participações no evento. A vaga na classe Laser veio no Mundial da categoria, em Melbourne, na Austrália.

Dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, Scheidt, de 46 anos, terá mais uma chance de se isolar como o maior medalhista do Brasil nos Jogos. Atualmente, ele divide o posto com o também velejador Torben Grael, que tem dois ouros, uma prata e três bronzes.

No Rio-2016, ele bateu na trave. Até venceu a última regata na Baía de Guanabara, mas terminou em quarto lugar no seu retorno à classe Laser em Olimpíadas. Desde então, ele ficou quase três anos longe da embarcação. Anunciou a aposentadoria em 2017, dedicou-se à classe Star, que não faz parte do calendário olímpico, e voltou atrás em fevereiro passado.

"Essa confirmação é importante, pois sigo trabalhando para evoluir constantemente nesse retorno à classe Laser após três anos de ausência. A competição é muito dura e o barco exige bastante da parte física, mas sigo motivado para elevar meu nível competitivo e lutar para fazer um bom papel em Tóquio. Seguirei para o Japão para lutar, e lutar muito, por mais um pódio olímpico", disse o velejador.

O Brasil havia garantido presença na classe Laser em Tóquio ainda em 2018. No Mundial de Vela daquele ano, na Dinamarca, o velejador João Pedro de Oliveira terminou na 19ª posição na classificação geral. A vaga, no entanto, pertence ao país e não ao atleta conforme o critério da Confederação Brasileiro de Vela (CBVela).

Os demais velejadores brasileiros dependiam dos seus resultados nos anos seguintes. Por isso, Scheidt carimbou sua sétima Olimpíada com a classificação para a flotilha de ouro do Mundial.

O recorde de Scheidt pode ser alcançado por outros atletas brasileiros este ano. Rodrigo Pessoa, do hipismo, e Jaqueline Mourão, do ciclismo, também estão em busca de vaga na sétima Olimpíada. A ciclista soma as participações nos jogos de verão e inverno (esqui cross country).

Quem também pode igualar a marca é a volante Formiga, de 41 anos. A seleção feminina de futebol já está confirmada no Japão, e é provável que a jogadora seja convocada pela técnica Pia Sundhage.

Histórico
A primeira Olimpíada de Scheidt foi em Atlanta-96 e ele já estreou nos Jogos com a medalha de ouro na Laser. Um ano antes ele já despontava como um dos grandes da vela brasileira ao conquistar o primeiro Mundial, na Espanha, de um total de 12 - ainda foi campeão júnior em 1991.

O segundo ouro veio oito anos depois, em Atenas-2004, também na Laser. No Jogos de Sydney-2000, ele chegou em segundo lugar atrás do britânico Ben Ainslie, quando disputaram o título até a última regata. Nos dois últimos pódios, Scheidt levou uma prata (Pequim-2008) e um bronze (Londres-2012),

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