Neymara Carvalho mais perto do hexamundial

Com o resultado da etapa no Chile, a atleta capixaba busca chegar a mais uma conquista, 20 anos depois do seu primeiro título mundial

Marcela Delatorre, do jornal A Tribuna | 31/05/2023, 18:06 18:06 h | Atualizado em 31/05/2023, 18:06

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/140000/372x236/Neymara-Carvalho-mais-perto-do-hexamundial0014139500202305311806/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F140000%2FNeymara-Carvalho-mais-perto-do-hexamundial0014139500202305311806.jpg%3Fxid%3D555329&xid=555329 600w, Pentacampeã mundial de  bodyboarding, a capixaba Neymara Carvalho quer mais e segue em busca do hexa. Ela ficou em segundo lugar na última etapa do Circuito Mundial, que foi realizado no Chile
 

Conhecida também como “Neymáquina” ou “Pequena Notável”, a capixaba Neymara Carvalho segue fazendo bonito nos mares do mundo inteiro. Nesta última semana, ela garantiu o segundo lugar em uma das etapas do Mundial de Bodyboarding, em Antofagasta, no Chile. 

Com o resultado, ela se mantém firme em busca do hexacampeonato, 20 anos depois do seu primeiro título mundial – conquistado em 2003. Para isso, Neymara já pensa na preparação para a próxima competição, que acontecerá nas Ilhas Maldivas, em agosto.

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“Me preparo mentalmente, mas também fisicamente. Vou tirar uma semana para me recuperar, mas logo volto a treinar na academia, na piscina e no mar. Espero chegar bem para realmente buscar mais uma vitória e ir construindo, aos poucos, o caminho para o título da temporada”, disse ela, que apesar de tantos anos no esporte, ainda vive   diferentes experiências. 

“Em um das baterias, no Chile, competimos no mar grande. É sempre desafiador porque somos pequenas. Em um momento tive dificuldade para sair do mar e fiquei parada em um reboliço de ondas. Tive que sair pelas pedras e fiquei com vários hematomas”, contou a capixaba.

Ainda assim, a pentacampeã mundial afirmou que são as experiências diversas que fazem uma atleta completa. “É muito legal poder surfar em todos os tipos de mares e ondas. Isso mostra a variedade e diversidade que temos que ter como atleta para poder ir bem em todas as condições. Isso forma uma atleta completa”. 

Atualmente, Neymara ocupa a segunda colocação no ranking da IBC (Corporação Internacional de Bodyboard), que organiza o circuito. Segundo a capixaba, o torneio este ano possui um bônus: a diversidade de países que estão presentes e vão sediar o mundial.

“Estamos passando por países que nunca receberam uma etapa do circuito. Vamos competir nas Maldivas e na África do Sul, que só receberam a competição uma vez. Vamos passar pelo Marrocos, que será sede do mundial pela primeira vez. Isso mostra que o esporte está crescendo e se desenvolvendo”, revelou ela.

“Estamos atingindo países que ainda não tínhamos chegado. Isso tudo é muito legal”, finalizou.

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“Gosto de vivenciar a renovação do esporte”, diz Neymara

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O primeiro título mundial de Neymara Carvalho foi em 2003. Desde então, ela conquistou o mundo em mais quatro oportunidades: 2004, 2007, 2008 e 2009. Depois de anunciar a aposentadoria em 2013, ela decidiu voltar ao esporte e continua entre as melhores da modalidade.

Para a atleta, de 47 anos, esta longevidade no bodyboarding é motivo de orgulho. “A minha trajetória significa a longevidade que nós podemos ter no esporte. Estou provando que eu  posso  estar em alto nível e competindo há tantos anos. Isso é motivo de orgulho para mim”, revelou a capixaba.

“A maior diferença de 2009 (último título mundial) para 2023 são as adversárias. São meninas bem mais novas. Então eu me renovo e me mantenho competitiva por causa disso. Porque realmente me instigo com essa nova geração. Gosto de viver e vivenciar a renovação do esporte”, contou Neymara Carvalho.

Mas na mesma medida em que foca nos próximos passos para buscar o hexacampeonato mundial, a multicampeã agora se desdobra também no papel de mãe, enquanto acompanha a filha Luna Hardman seguindo pelas mesmas ondas.

“Essa parte de ser mãe de atleta é algo que estou descobrindo a cada etapa também. A Luna teve uma derrota precoce na categoria pro-júnior e ficou muito triste. Eu tive que consolá-la, enquanto me preparava para a minha categoria. Dei forças e disse para ela que títulos vêm e vão. Que ela está construindo uma carreira”, revelou Neymara, que continuou.

“No dia seguinte, ela fez a melhor colocação dela na categoria profissional. Terminou em quinto e caiu em uma bateria contra a campeã, mas foi muito bem. Foi muito bonito vê-la no dia seguinte da derrota, se superando no mar gigante como a verdadeira profissional que está se tornando”, pontuou.

“Essas emoções de ser mãe de atleta é supernovo para mim. Estamos aprendendo juntas. Ela crescendo e eu, em relação a isso, sigo nesse aprendizado com ela”, finalizou Neymara.

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