Mauro Cezar Pereira perde processo em que pedia R$ 3,1 milhões da ESPN

Comentarista deixou o canal em 2020

Gabriel Vaquer, da Agência Folhapress | 20/03/2024, 13:15 13:15 h | Atualizado em 20/03/2024, 13:15

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Mauro-Cezar-Pereira-perde-processo-em-que-pedia-R-0017254900202403201315/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FMauro-Cezar-Pereira-perde-processo-em-que-pedia-R-0017254900202403201315.jpg%3Fxid%3D760264&xid=760264 600w, Advogados de Mauro já recorreram a decisão

Considerado um dos principais jornalistas esportivos do Brasil, o comentarista esportivo Mauro Cezar Pereira perdeu parcialmente uma ação que movia na Justiça contra a ESPN, onde trabalhou por 16 anos. Os advogados de Mauro já recorreram a decisão.

A reportagem teve acesso aos autos, que correm na 28ª Vara do Trabalho de São Paulo, vinculada ao TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região). O processo foi aberto no final de 2021.

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Procurada pelo F5, a Disney, dona do canal esportivo, optou por não comentar o assunto. Mauro Cezar Pereira também preferiu não se pronunciar, mas seu advogado, Rafael Bonino, diz que o recurso do caso já foi interpelado judicialmente.

"Não concordamos com a decisão do Tribunal. Já apresentamos recurso de embargos de declaração. Esse recurso é analisado pelo mesmo tribunal que julgou o recurso ordinário. No caso do Mauro entendemos que há prova robusta da subordinação durante todo o contrato mantido com a ESPN e não apenas durante o período entre outubro de 2004 e 2008, período esse que a justiça reconheceu o vínculo empregatício", diz Bonino.

O jornalista solicitava o reconhecimento de vínculo empregatício com a ESPN em duas funções. A primeira era a chefe de reportagem, que ele exerceu nos primeiros anos de trabalho, entre 2004 e 2008. A segunda era a de comentarista, que ele realizou desde o fim dos anos 2000 até a sua saída em 2020.

Mauro também diz que teve perda de ganhos em 2018. Na ocasião, o jornalista deixou de ser exclusivo da ESPN e passou a realizar trabalhos em outros veículos. Isso ocorreu por causa de uma redução de salários --que teria chegado a 25% em alguns casos-- feita pelo canal na época. Ele deixou a TV em 2020 por não concordar em voltar a ser exclusivo da Disney a partir de 2021.

Em primeira instância, a Justiça negou o pedido dele. Após a defesa do comentarista recorrer, houve o julgamento em segunda instância, no último dia 09 deste mês.

O desembargador Sergio José Bueno Machado foi o relator do caso. Ele decidiu reconhecer apenas o vínculo da época de chefe de redação, que tinha um valor bem menor em disputa --cerca de 15% do total da ação, na qual Mauro pedia R$ 3,1 milhões. O voto de Bueno foi seguido pelo plenário.

Rafael Bonino, advogado de Mauro Cezar, acrescenta que não descarta levar o caso para esferas superiores. "Julgando os embargos, dependendo do resultado, provavelmente levaremos o caso para o TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília", comenta.

Atualmente, Mauro Cezar Pereira trabalha na Jovem Pan, comenta jogos do Campeonato Carioca no canal Goat e se dedica ao seu canal no YouTube, onde tem quase 1 milhão de inscritos.

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