Após deixar prisão, zagueiro Renan diz sofrer ameaças e se muda de Bragança

As ameaças teriam acontecido enquanto o atleta estava preso

Renan Silva, da Agência Folhapress | 26/07/2022, 11:15 11:15 h | Atualizado em 26/07/2022, 11:16

O zagueiro Renan Victor da Silva, que na última sexta-feira (22) se envolveu num acidente que matou um motociclista em Bragança Paulista (SP), precisou se mudar da cidade. O jogador, que tem contrato com o Palmeiras e está emprestado ao Red Bull Bragantino, afirma que sua família sofreu ameaças na frente do condomínio onde ele morava.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00120665_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00120665_00.jpg%3Fxid%3D365569&xid=365569 600w, -
  

As ameaças teriam acontecido enquanto o atleta estava preso - ele passou um dia na prisão e foi liberado no sábado (23) sob o compromisso de pagar fiança de R$ 240 mil e de entregar à polícia o seu passaporte. Por causa das ameaças, os advogados de Renan pediram ao foro da cidade a mudança de endereço do jogador, que foi indiciado por homicídio culposo.

"[Renan] tomou conhecimento, por familiares, de que nessas últimas 24 (vinte e quatro) horas já recebeu ameaças na porta da sua residência, tendo motivos concretos para temer por sua integridade física e de sua família", escreveram os advogados do jogador na petição. "Inclusive, circulam nas redes sociais comentários ameaçadores e vídeos contendo agressividade contra [ele]."

O caso ganhou repercussão principalmente pela morte da vítima, o encarregado Eliezer Pena, que ia de moto ao trabalho quando foi atingido pelo Honda Civic do zagueiro, por volta das 6h30 da manhã. Eliezer era palmeirense e deixou mulher e duas filhas.

A polícia encontrou uma garrafa de bebida alcoólica perto do carro do zagueiro, que será periciada. Por orientação de sua defesa, Renan se recusou a fazer o teste do bafômetro duas vezes, e um exame clínico feito quatro horas depois do acidente, atestou que ele não estava embriagado.

Na tarde de ontem, o caso foi remetido ao Ministério Público de Bragança, que vai analisar a investigação feita pela polícia para decidir por qual crime Renan será denunciado. Se o MP considerar que ele cometeu homicídio culposo, a pena pode variar entre cinco e oito anos de prisão, já que ele não estava habilitado para dirigir. Mas se a promotoria considerar que ele cometeu homicídio doloso, quando há intenção de matar ou quando se assume o risco de matar, a pena pode chegar a 20 anos.

O Palmeiras e o Bragantino já se movimentam para romper o vínculo com o jogador, que é campeão mundial sub-17 com a seleção brasileira e campeão da Libertadores com o clube alviverde.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: