Letícia Lima: “Amor é liberdade, querer estar junto”

| 15/01/2020, 16:44 16:44 h | Atualizado em 15/01/2020, 16:58

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-01/372x236/leticia-lima-a6b1effaa60aa6fc564cd81acfff65b9/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-01%2Fleticia-lima-a6b1effaa60aa6fc564cd81acfff65b9.jpg%3Fxid%3D104451&xid=104451 600w, "A minha postura é cultivar  relacionamento saudável, em que as duas pessoas queiram estar ali”, diz Letícia Lima

Esqueça o amor romântico, estilo “foram felizes para sempre”. Para essa mulher, o amor dói. Ciumenta, possessiva, ela simplesmente não aceita que a relação chegou ao fim. Ama demais, muito, além dos limites.

Para a atriz Letícia Lima, 35 anos, não é amor que Estela, sua personagem em “Amor de Mãe”, sente. “Na cabeça dela, é amor, né!? Para mim, Letícia, amor é outra coisa”, afirma, na conversa com o AT2.

Então, a carioca de Três Rios define o mais nobre dos sentimentos: “É companheirismo, é liberdade, é querer estar junto. Estela quer estar com Raul a qualquer custo. Ela não mede esforços nem as consequências para isso”, reflete sobre a relação entre sua personagem e o empresário vivido por Murilo Benício.

Na redes sociais, o público tem visto a personagem com bom humor e até usa expressões como “louca varrida”. Para Letícia, significa que está fazendo o seu trabalho. Na vida real, a atriz usou bastante terapia e empatia para compreender essa mulher.

“Eu visitei grupos de mulheres que amam demais para tentar entender melhor esse lado dela. A terapia também me ajudou”, salienta.

E a estrela já viveu um relacionamento sem limites? Ela diz que não. “A minha postura, na verdade, é cultivar um relacionamento saudável, em que as duas pessoas queiram estar ali”.


ENTREVISTA “Começa a questionar o que há de errado”

AT2 - Estela, sua personagem de “Amor de Mãe”, é independente, empoderada, já viajou o mundo inteiro. O que tem em comum com essa mulher?
Letícia Lima - Acho que justamente essas características são as que temos em comum. Eu também sou independente. Adoro ter meu canto, minhas coisas... Ainda não viajei o mundo inteiro! (Risos) Mas amo viajar e, sempre que posso, faço isso.

Por outro lado, ela mostra um comportamento equivocado quando o assunto é relacionamento, não? Como se preparou para mostrar isso na televisão?
Visitei grupos de mulheres que amam demais para tentar entender melhor esse lado dela. Terapia também me ajudou a entender um pouco mais.

É uma personagem ciumenta e irracional quando vê que está perdendo o homem que ama. Na sua opinião, isso é mesmo amor?
Na cabeça dela, é amor, né!? Para mim, Letícia, amor é outra coisa. É companheirismo, é liberdade, é querer estar junto. Estela quer estar com Raul (Murilo Benício) a qualquer custo. Ela não mede esforços nem consequências para isso.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-01/372x236/leticia-lima-murilo-benicio-db42b99f22bbc1304b0d05caeaaf3fa1/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-01%2Fleticia-lima-murilo-benicio-db42b99f22bbc1304b0d05caeaaf3fa1.jpg%3Fxid%3D104452&xid=104452 600w, Na novela  “Amor de Mãe”, a atriz Letícia Lima vive a personagem Estela, que ama demais o Raul (Murilo Benício)

Já viveu relacionamentos complicados dessa forma? Que postura teria diante disso?
Não, nunca vivi nada desse tipo. Sou muito diferente da Estela nesse aspecto. A minha postura, na verdade, é cultivar relacionamento saudável, em que as duas pessoas queiram estar ali. Eu não conseguiria fazer de outra maneira.

Dá para dizer como seria um relacionamento ideal?
É parceria, envolve companheirismo, cumplicidade, amor, vontade de estar junto, de compartilhar. É algo mútuo.

Que conselhos daria a Estela, se pudesse?
Eu diria para ela buscar ajuda, uma rede de apoio. E que começasse a buscar outras coisas e pessoas que a fizessem feliz.

Os comentários que recebe nas redes sociais são hilários. “Estela louca varrida” é o mais frequente. O que acha de tudo isso?
Eu fico feliz pela repercussão da personagem, mostra que ela é popular, que está chegando no público.

Também recebe elogios, é chamada de “avião” e tem até propostas de casamento. Como é isso?
Eu levo numa boa.

Deu uma entrevista dizendo que lida com depressão e ansiedade. É importante falar sobre isso?
Acho muito importante falar. Quanto mais a gente fala, menos isso será um tabu. E acho que pode ser uma maneira de ajudar outras pessoas que estão passando por essa situação.
A gente tende a achar que só a gente passa por certas coisas. Começa a questionar o que há de errado com a gente... Mas muitas pessoas passam por isso. Falar sobre esse problema é uma maneira de as pessoas não sofrerem mais caladas, de saberem que isso acontece e que é possível se tratar e ficar melhor.

E já que a novela “Amor de Mãe” aborda esse tema, conta: ser mãe é um desejo?
É algo que penso para o futuro. Congelei meus óvulos. Mas, no momento, meu foco está na novela.

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