Ricos poluem e pobres pagam a conta, diz Geraldo Alckmin

Vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio voltou a exigir compromisso dos países mais ricos no combate à mudança climática

João Gabriel, da Agência Folhapress | 27/03/2024, 13:08 13:08 h | Atualizado em 27/03/2024, 13:08

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Ricos-poluem-e-pobres-pagam-a-conta-diz-Geraldo-Al0017361000202403271308/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FRicos-poluem-e-pobres-pagam-a-conta-diz-Geraldo-Al0017361000202403271308.jpg%3Fxid%3D765783&xid=765783 600w, Alckmin defendeu também a Reforma Tributária e disse que é necessário construir no Brasil uma "agro indústria", com energia verde e combustíveis menos poluentes

O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, cobrou empenho dos países mais ricos em soluções internacionais diante da "necessidade urgente" do combate à mudança climática, e lembrou que o ano de 2023 bateu recordes de calor.

"Os ricos poluem e os pobres pagam a conta. E dentre os pobres, os mais pobres ainda pagam [mais] a conta", afirmou nesta quarta-feira (27).

O discurso aconteceu ao lado dos ministros Carlos Fávaro, da Agricultura, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, além de parlamentares e representantes do agronegócio, durante um evento da Frente Parlamentar do Biocombustível.

O vice-presidente afirmou ainda que o Brasil tem o poder de liderar as discussões sobre três temas centrais no debate mundial: a segurança alimentar, a segurança energética e o combate às mudanças climáticas.

Mas voltou a exigir compromisso dos países mais ricos ao afirmar que irá cobrar do presidente da França, Emmanuel Macron, avanço com relação ao acordo de cooperação internacional entre Mercosul e União Europeia.

"Eu estou indo para São Paulo, o presidente Macron está indo para São Paulo. Nós vamos ter um encontro na Fiesp [Federação da Indústria do Estado de São Paulo] e eu vou cobrar o acordo Mercosul-União Europeia", disse.

Macron cumpre agendas no Brasil ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas quais o desenvolvimento sustentável é tema central. Ao mesmo tempo, o francês foi o principal responsável por travar as tratativas entre os dois grupos comerciais.

Alckmin afirmou que pretende levar a pauta dos biocombustíveis para Macron e lembrou que o setor vem atraindo investimento de diversos países, como Estados Unidos e Índia. Ele defendeu que o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados sobre o tema é essencial para dar segurança jurídica a esse mercado.

Ele defendeu também a Reforma Tributária e disse que é necessário construir no Brasil uma "agro indústria", com energia verde e combustíveis menos poluentes.

Ao final do evento, ele, os ministros, os parlamentares e representantes do setor posaram para foto em frente a um caminhão movido 100% com biodiesel, versão mais sustentável do diesel e defendida pelo agro como forma de substituir o combustível fóssil.

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