Alta de preços abre espaço para marcas mais baratas nos supermercados

| 24/09/2020, 20:20 20:20 h | Atualizado em 24/09/2020, 22:25

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A ida ao supermercado tem ficado mais cara para o consumidor. Os representantes do setor também alegam que os preços têm ficado mais caros para eles. Uma saída de acordo com eles para evitar repassar o aumento para o cliente é recorrer a marcas que oferecem produtos com preços mais em conta.

De acordo com o presidente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), João Falqueto, isso não representa perda da qualidade do produto. Ele garante que os estabelecimentos continuam a vender mercadorias do mesmo padrão mesmo sendo de empresas com preços mais baratos.

“A gente tem buscado novas empresas, novas parceiras, sem deixar as antigas de lado. Quem tem uma boa parceria, um bom fornecedor, a gente tem reforçado e convidado os associados a reforçar esses laços comerciais para que se mantenham ativos. Quando esse não tem condições de atendê-lo, ele vai buscar novas parcerias. Vai ser comum o consumidor encontrar novas marcas nas prateleiras. É a solução encontrada, como no caso do arroz”, explica ele.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2019-11/372x236/joao-falqueto-0e156b3027551d70b4607074ec090fb6/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2019-11%2Fjoao-falqueto-0e156b3027551d70b4607074ec090fb6.jpg%3Fxid%3D142961&xid=142961 600w, João Falqueto, presidente da Acaps: atenção redobrada
Como outro exemplo, Falqueto citou o caso da busca por álcool no início da pandemia. O aumento na demanda fez com que o preço subisse repentinamente nos supermercados e o produto se esgotou.

“A gente pede ao nosso supermercadista que dê atenção a novas marcas para evitar que os lideres imponham o preço dele e os outros venham atrás. Tem a força da marca, mas o consumidor tem o poder do bolso”, frisa.

Segundo ele, o aumento em alguns casos se deu também pela falta de matéria-prima para embalagem de alguns produtos, como o leite. A ausência de material se deu por fatores como o aumento da demanda interna, as exportações e a paralisação nas indústrias por conta da pandemia, conforme Falqueto.

O presidente da Acaps acredita que com a chegada das chuvas e a mudança de estação produtos como o leite e seus derivados podem sofrer uma redução no preço, mas ainda não devem chegar ao patamar que estavam antes da pandemia.

Outro setor que sofre com o aumento dos preços são os bares e restaurantes. “A gente tenta absolver esses custos dentro do possível, mas, infelizmente, algum repasse acaba caindo no colo do consumidor”, lamenta o presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), Rodrigo Vervloet.

O Procon de Vitória informou que pediu aos supermercados as notas fiscais de compra e venda dos produtos para avaliar se há alguma irregularidade.
 

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