Sucessão de erros
O Botafogo escapou do rebaixamento no Brasileirão, mas em momento nenhum deu segurança ao torcedor. Fim de temporada e o que faz a diretoria alvinegra? Mantém o técnico. E, em comum acordo com comissão técnica, o Botafogo abre mão das duas primeiras rodadas da Taça Guanabara para esticar a pré-temporada em Domingos Martins.
Com duas derrotas naquelas duas rodadas que a diretoria concordou em abrir mão, o Fogão ficou fora da semifinal da Taça Guanabara. E Valentim é demitido. O combinado, neste caso, saiu caro demais...
O Botafogo é uma sucessão de erros enquanto espera pela tão sonhada transição para o modelo de clube-empresa no seu departamento de futebol. Mas já adianto aqui: se a direção seguir nesta pegada, não há modelo que sustente o clube.
A chegada de Valentim lá em outubro, para o lugar de Eduardo Barroca, foi um erro. A permanência dele ao fim do ano, outro erro. Mas a demissão agora, nessas condições, foi covardia.
Quem chega?
O que o Botafogo espera do próximo treinador? Com o elenco que tem, que modelo de jogo o time pode apresentar? Com Valentim, não havia modelo claro (desde o ano passado).
Jair Ventura, Cuca, Paulo Autuori são especulados. Todos com vínculo emocional com o clube. Mas com perfis muito diferentes. Qual direção a diretoria vai tomar agora?
Peso dos Estaduais
Os Estaduais, até a década de 90, tinham muito peso. Conquistá-los era tão importante quanto vencer um Brasileirão. Sem exageros.
Hoje a história é outra, muito por conta da discussão do calendário do futebol brasileiro. Mas o peso deles está lá ainda. Que o digam os treinadores.
Valentim caiu. Abel ainda se segura no Vasco, mas bastante xingado pela torcida. Em São Paulo, Fernando Diniz, Tiago Nunes e Jesualdo Ferreira são alvos de críticas. Até o final dos Estaduais, mais cabeças vão rolar.