Alerta para o risco da má alimentação e da obesidade
Estamos vivendo uma transição no estilo de vida da população, na qual a alimentação industrializada, ultraprocessada associada ao sedentarismo e a níveis de estresse elevado têm levado a um aumento nos índices de obesidade. Estima-se que mais da metade da população no Brasil – 55,7% – tem excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado com percentual de 42,6% no ano de 2006.
O aumento da prevalência foi maior entre as faixas etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, os homens apresentam crescimento de 21,7% e as mulheres, 40%, de acordo com os dados do Ministério da Sáude.
A obesidade é caracterizada pelo processo inflamatório. Diante de um quadro desse tipo, fazem-se necessárias condutas nutricionais antiinflamatórias para reverter a situação.
Associadas ao sobrepeso e à obesidade, estão outras alterações metabólicas e fisiológicas que se manifestam na forma de Síndrome Metabólica (SM).
A síndrome metabólica inclui hipertensão arterial, nível elevado de açúcar no sangue, excesso de gordura corporal em torno da cintura e níveis de colesterol anormais, que agravam o risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCVs) e câncer.
Além disso, modificam o padrão de resposta imune, tendo como consequência a instalação de um processo inflamatório.
Por isso é preciso evidenciar sempre que a nutrição adequada contribui para a melhora e/ou a redução da síndrome metabólica associando alimentos e componentes que têm ação sobre mediadores inflamatórios.
Dentre os componentes que agem sobre a inflamação e inibem as citocinas inflamatórias podemos citar o Resveratrol, um polifenol encontrado na casca e nas sementes das uvas vermelhas ou pretas – por isso é presente no vinho e no suco de uva tinto.
Além disso, amoras, mirtilo, cranberry, cacau e amendoim também contêm o composto.
A curcumina, membro da família dos compostos curcuminoides, é um pigmento fenólico de cor amarela obtida a partir da cúrcuma (Curcuma longa L.), pertencente à família da Zingiberaceae. Tem atividade antioxidante previne doenças como Alzheimer e Parkinson e diminui dores causadas pela artrite.
Também reduz o colesterol e possui ação antibacteriana, antiviral, antifúngica e antitumoral. A quercetina (frutas cítricas e maçã), o tirosol (azeite de oliva) e o licopeno (tomate, melancia e goiaba) reduzem a resposta inflamatória.
Com isso, é possível afirmar que uma dieta equilibrada propõe redução da ingestão de alimentos ricos em gordura saturada e colesterol, aumento do consumo de fibra alimentar, hortaliças e frutas, além da prática regular de atividade física.
A preocupação com o aumento da incidência das doenças crônico-degenerativas é crescente e muitos estudos mostram as mais diferentes abordagens. Porém, é consenso que as modificações no estilo de vida são a forma mais eficaz de melhorar ou prevenir os fatores de risco.
Edivanda Santana é terapeuta quântica e especialista em mentorias de emagrecimento