Missão cumprida

Jornal A Tribuna | 30/01/2022, 09:18 09:18 h | Atualizado em 30/01/2022, 09:19

Articulador de uma trégua na aguda crise institucional entre Jair Bolsonaro (PL) e Alexandre de Moraes em setembro do ano passado, o ex-presidente Michel Temer (MDB) disse a aliados nos últimos dias que não foi chamado a ajudar desta vez e que considera já ter cumprido seu papel em relação à pendenga. 

O ministro do STF determinou que Bolsonaro prestasse depoimento presencialmente à Polícia Federal na sexta-feira, mas o Presidente descumpriu a decisão.

Paz

 Carlos Marun (MDB-MS), ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo de Temer, diz que conversou com o ex-presidente na sexta-feira e que o aliado se disse preocupado com a nova crise, mas também afirmou crer “que existe espaço para reencontrar o caminho da serenidade”.

Melhor não

  Parlamentares da base de apoio de Bolsonaro que não integram a chamada ala ideológica veem o aumento da temperatura entre o Palácio do Planalto e o STF como algo indesejável para o início do ano.

Prato cheio 

 No entendimento deles, o Presidente já tem problemas demais para enfrentar, como inflação, combustíveis, desemprego, pandemia e altos índices de rejeição, e deveria evitar qualquer tipo de enfrentamento nesse momento.

DNA

 Renato Bolsonaro, irmão de Jair, será o coordenador da campanha a deputado federal por São Paulo de Mosart Aragão, assessor especial do Planalto. A decisão reflete a prioridade que a campanha terá para a família presidencial.

Puxador 

Renato já vem percorrendo o estado para ampliar a base de Mosart. Na semana passada, esteve no ABC, falando com lideranças conservadoras. O presidente quer que seu assessor seja um dos mais votados no estado.

Debandada

 O deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP) e lideranças do Movimento Conservador, que ele integra, estão de malas prontas para migrar para o Republicanos. É mais um reflexo da turbulência vivida pelo PTB, que corre o risco de não superar a cláusula de barreira.

Ainda juntos 

O movimento de Garcia, um dos mais atuantes na direita do estado de São Paulo, tende a se manter neutro na eleição estadual. Embora tenha se distanciado de Jair Bolsonaro nos últimos meses, deve apoiar a reeleição do Presidente.

Outros tempos

Ao desafiar Jair Bolsonaro (PL) a mostrar seus rendimentos em live na sexta-feira, Sergio Moro (Podemos) teve atitude bem diferente da que mantinha quando era ministro e aliado do Presidente.

Compêndio

 Na transmissão, o hoje presidenciável cobrou de Bolsonaro explicações sobre as acusações de rachadinha, a compra de uma mansão por seu filho Flávio e o depósito de cheques do ex-assessor Fabrício Queiroz para a primeira-dama, Michelle.

Qual a dúvida?

Em dezembro de 2018, quando o caso Queiroz veio à tona, Moro, já nomeado ministro da Justiça, disse que “sobre o relatório do Coaf sobre movimentação financeira atípica do senhor Queiroz, o senhor Presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe no episódio”.

Cafezinho

 Geraldo Alckmin teve na sexta-feira  um novo encontro com membros do Solidariedade, uma das legendas com as quais conversa tendo em vista a possibilidade de ser vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As outras são PSB e PSD.

Calendário 

A reunião durou cerca de duas horas e foi realizada em SP. O ex-tucano disse que deve decidir sua nova sigla em março e que acompanha e aguarda a definição de articulações do momento, como as que envolvem a formação de federações partidárias.

Incomparável

Um dos autores da Carta ao Povo Brasileiro, da campanha de Lula em 2002, o jornalista Edmundo Machado de Oliveira rejeita que a presença de Alckmin como vice tenha o mesmo efeito agora, como comparam alguns petistas.

Ansiolítico 

“Alckmin é um homem decente, que faz um gesto muito nobre para ser vice do Lula, mas ele não é a Carta ao Povo Brasileiro. Lula é a Carta”, diz ele, que há 20 anos trabalhou no documento feito para acalmar os mercados.

Tiroteio

“Se houvesse um disque-denúncia para idiotices, a primeira seria contra a ministra de Direitos Humanos”. 

Do deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), sobre a ministra Damares Alves (Direitos Humanos) ter aberto disque-denúncia para antivacinas.

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