Força

| 04/06/2020, 08:51 08:51 h | Atualizado em 04/06/2020, 08:59

Representantes dos três principais movimentos da sociedade civil criados em defesa da democracia, Juntos, Basta e Somos 70%, participaram ontem de uma mesma reunião pela primeira vez. No encontro, realizado de forma virtual e com a presença de mais de 20 entidades, houve propostas de manifestos em conjunto e até mesmo unificação dos grupos, mas nada até o momento foi deliberado. A conversa foi considerada como um ponto inicial para uma mobilização integrada.

Vaquinha
O principal motivo da reunião era discutir formas de arrecadar dinheiro para que os manifestos continuem sendo publicados. Quem está bancando os custos até o momento é o Sindicato dos Advogados do estado de São Paulo.

Fake
Integrantes do Juntos pela Democracia passaram parte do dia de ontem desmentindo boatos de que Sergio Moro tivesse assinado o manifesto do grupo. Eles disseram que não procuraram e nem foram procurados pelo ex-juiz. Como mostrou o Painel, o ex-ministro tem sido rejeitado por membros dos movimentos.

Fica ou vai
O DEM, de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eduardo Paes, se divide sobre aderir a um processo de afastamento de Wilson Witzel (PSC). Maia, segundo relatos, pede calma, já Paes advoga pelo desembarque. O partido indicou o secretário de infraestrutura do Rio.

Ladeira
A crise política do Rio tende a agravar nos próximos meses. A expectativa é de que o estado seja expulso do regime de recuperação fiscal, pelo Ministério da Economia. Um parecer está em elaboração e deve ser concluído até o fim do mês.

De que lado
Na tentativa de acertar o enquadramento de Alexandre de Moraes na posse virtual no TSE, o presidente Luís Roberto Barroso, pediu que o colega ficasse mais à direita para que o rosto não fosse cortado. Moraes arrancou risos ao responder: “Já estão me acusando de comunista, agora me mandam para a direita?”.

Ponto de vista
Barroso emendou: “Se preferir, pode ser à esquerda de quem olha”.

Em tempo
Jair Bolsonaro recebeu cumprimento especial de Moraes, responsável pelo inquérito de fake news: “Boa noite, presidente Bolsonaro. É uma honra a presença do senhor”. O Presidente fez ataques recentes ao ministro e se irritou com a operação contra seus aliados.

Impasse
A Polícia Militar de São Paulo chamou uma reunião para amanhã com organizadores dos protestos pró-Bolsonaro e pela democracia para tentar chegar a um acordo de local e dia. O governo paulista ainda vai insistir para que um seja no sábado e outro no domingo.

Alternativa
Já há um plano B, no entanto, com opções de locais diferentes, o que deve ser o novo embate. Convocada pelas redes sociais, a manifestação contra o governo já tem mais de 50 mil confirmados. Lideranças dizem que não vão abrir mão de que o encontro seja na avenida Paulista.

Presença
Segundo a PM paulista, foram realizados 146 protestos no mês de maio. Em junho, a expectativa é de que o número cresça.

Papel
Dez estados e 1.020 municípios ainda não tinham apresentado ao Ministério da Economia até ontem documento obrigatório para poder acessar a ajuda da União, aprovada no Congresso Nacional para compensar perdas de arrecadação com a crise do coronavírus.

Acesso
Eles têm até amanhã para assinar que se comprometem a não abrir reclamação na Justiça contra o pacote de socorro do governo federal. A Rede apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal para contestar a exigência, mas ainda não houve decisão. O partido vai entrar com novo pedido.

Quem quer
A Receita Federal vai enviar carta ou e-mail a cerca de 3,2 milhões de micro e pequenos empresários que são público-alvo da linha de crédito do Pronampe. Sancionado há 15 dias, o empréstimo teve as regras aprovadas na tarde de ontem. A carência é de oito meses para começar a pagar.

Aviso
A carta informará aos empresários qual o limite que cada um poderá tomar nessa linha de crédito, que é 100% garantida pelo Tesouro.

Tiroteio
“Toda e qualquer manifestação pacífica em defesa da democracia é bem-vinda. Só aliados de Bolsonaro temem o povo na rua”
De Carlos Lupi, presidente do PDT, sobre as divergências pela declaração de ex-presidente Lula com críticas a movimentos pela democracia.

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