Abril é o mês do autismo

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (05)

Gabriela Rebello | 05/04/2024, 10:25 10:25 h | Atualizado em 05/04/2024, 10:48

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Abril-e-o-mes-do-autismo0017493800202404051048/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FAbril-e-o-mes-do-autismo0017493800202404051048.jpg%3Fxid%3D773444&xid=773444 600w, Abril Azul visa conscientizar a população sobre a inclusão de pessoa com Transtorno do Espectro Autista

Neste mês é realizado o Abril Azul, uma campanha para conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Você já ouviu falar sobre o TEA?

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.

A campanha tem o objetivo de levar informações para a população a fim de buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva, onde cada vez se faz mais necessário falar sobre o assunto. Cabe ressaltar que autismo e alimentação andam de mãos dadas.

Comece o cuidado ainda na gestação. Estudos comprovam que mamães que suplementam vitaminas pré-natais em toda a gestão apresentam menor risco para filhos com diagnósticos de autismo.

Outro fator importante a ser observado é em relação ao que comemos e aos produtos que entramos em contato diariamente.

Vasilhas plásticas que guardamos os nossos alimentos, desodorante e produtos de maquiagem, por exemplo, em sua grande maioria apresentam Bisfenol (BPA) em sua composição.

Durante a gestação em específico, o contato contínuo com essa substância pode estar associado a maior risco para filhos com diagnósticos de autismo, visto que o BPA consegue circular livremente através da placenta, chegando até o bebê.

Agora, se seu filho possui o diagnóstico de TEA, muitas dúvidas podem surgir, inclusive sobre a alimentação. Nutri, o que meu filho pode ou não pode comer? Nutri, meu filho não come!

Calma! Primeiro precisamos entender que é preciso considerar essa criança como um ser humano em sua individualidade, assim como qualquer outra pessoa, onde vale ressaltar que a alimentação formará a base da sua vida e saúde.

Sei que um dos grandes desafios enfrentados pelos pais é sobre a seletividade alimentar, onde vale ressaltar que quando a criança não se alimenta de forma equilibrada e não garante todos os seus nutrientes, a tendência é que seu desenvolvimento fique prejudicado e os sintomas do autismo sejam agravados.

Devemos nos atentar, no entanto, que mais do que a rejeição a sabores, esses pacientes contam com forte resistência a novas texturas dos alimentos. Se liga nas dicas da Nutri para vencer essa barreira:

- De início eu recomendo que jamais force. Realize essa exposição a novos alimentos de forma gentil e gradual. Com paciência e persistência, o paciente com autismo acaba aceitando novos alimentos.

- Mostre os alimentos para a criança fora da mesa, e sem a obrigatoriedade de comer.

- Faça preparações diferentes com o mesmo alimento.

- Desassocie o alimento da embalagem. Comece abrindo a embalagem e guardando em outro recipiente, e não se esqueça de pedir ajuda da criança neste processo.

-Na hora da refeição, afaste os aparelhos eletrônicos e lembre-se, os pais são os maiores exemplos.

E não se esqueça, o profissional nutricionista especializado em materno-infantil é o profissional capacitado para cuidar da alimentação do seu pequeno (a), de forma personalizada e individualizada, até por que o seu filho (a) é único, inclusive, sob o ponto de vista nutricional!

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