Triste Vasco...

| 08/09/2021, 10:31 10:31 h | Atualizado em 08/09/2021, 10:39

A imagem do goleiro Vanderlei conversando tranquilamente com jogadores do Avaí, companheiros dos tempos de Santos, após a derrota de 3 a 1 no Estádio da Ressacada, em Florianópolis (SC), é emblemática. Mostra o estado de abandono do futebol do Vasco, e ajuda a entender por que o time não consegue evoluir na classificação da Série B, já condenado a outro ano na segunda divisão.

Vanderlei, que já havia errado feio no empate em 1 a 1 com o Brasil de Pelotas na sexta-feira, desta vez foi infeliz na armação de uma barreira com seis jogadores, deixando apenas quatro na marcação da bola cruzada na área habitada por seis adversários. Resultado: segundo gol do Avaí, minando a reação vascaína.

Ainda assim, com o retrospecto de falhas bisonhas, o mais experiente jogador do time vascaíno não pareceu incomodado.

Pontuação
Com 32 pontos somados em 23 rodadas, o Vasco precisa, em tese, de mais 30 nos 45 em disputa para voltar à Série A.

Mas isso é mesmo muito em tese, porque a pontuação na parte de cima indica que o G-4 poderá ser aberto com pontuação acima dos 62 imaginados.

E o que nos choca é ver jogadores do Vasco resignados com uma campanha medíocre, como se o clube tivesse assumido uma condição inferior.

E isso, vejam bem, não é algo que se possa atribuir ao endividamento do clube, mazelas administrativas e coisas do gênero.
O Vasco tem um dos mais altos orçamentos da Série B, os salários estão razoavelmente em dia e, mal ou bem, dispõe de um centro de treinamento minimamente capacitado à preparação do time. Que, aliás, chega a viajar em voos fretados visando à recuperação física dos jogadores.

Com muito menos (CT improvisado, salários atrasados, penhoras judiciais e a efervescência política de um ano eleitoral) o clube obteve o acesso à Série A, em 2014. Um ano em que teve de cumprir seis jogos de punição, três sem o mando de campo e a outra metade sem torcida em São Januário.

Ainda assim, passou quase toda a disputa trocando de posições no G-4. Ou seja: crises à parte, cumpriu a missão.
Diferença
A diferença é que o departamento esfacelado pelo presidente Roberto Dinamite entre 2012 e 2013, teve o retorno do Rodrigo Caetano.

O executivo que remontara a pasta na era pós-Eurico Miranda já havia se tornado peça vital na engrenagem pelos três anos de trabalho entre 2009 e 2011. E coordenou com o braço forte de sua liderança e seu conhecimento de mercado o trabalho de retorna à Série A.

O Vasco deveria ter aprendido a lição.

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