|  Foto: Pixabay

A ansiedade dos torcedores nestes primeiros dias do novo ano não combina com a postura mais cautelosa dos executivos dos clubes. Com exceção do Corinthians, que anunciou três novos jogadores mesmo com seus credores os ameaçando de ação na Fifa por dívidas não saldadas, a movimentação de mercado, até aqui, tem sido relativamente tímida. A impressão é de que os responsáveis pelas montagens dos elencos, em sua grande maioria, estão priorizando qualidade e não quantidade.

O Flamengo, por exemplo, gastou mais da metade do dinheiro reservado no orçamento (U$ 30 milhões) na compra do meia De la Cruz, do River Plate, e negocia os valores para adquirir o zagueiro Léo Ortiz, do Bragantino, e o lateral Viña, da Roma, ou Juninho Capixaba, outro do Bragantino.

Por isso, abriu mão de Everton Ribeiro, que acertou contrato de dois anos com o Bahia. Aliás, mais um que desta vez também opta por jogadores da prateleira de cima em vez de contratar a lote como em anos anteriores.

O Fluminense, por exemplo, não parece disposto a grandes ações: fechou o retorno de Antônio Carlos, liberado pelo Orlando City, para zaga, e aguarda os exames médicos do ex-corintiano Renato Augusto para anunciá-lo como reforço.

Duas operações que não sangrarão os cofres, ao contrário da tentativa de trazer de volta, por empréstimo, o atacante Luiz Henrique, do Real Bétis, da Espanha.

O resto é especulação espalhada por agentes espertos, e alimentada pelos caçadores de clicks das redes sociais.

Mudança de postura

Me parece evidente a mudança de postura dos clubes, talvez por gestões menos amadoras. No Vasco da 777 Partners o objetivo é reforçar o elenco com três ou quatro jogadores de excelência e com idade entre 22 e 25 anos.

Como o zagueiro João Victor, de 25, ex-Corinthians, comprado ao Benfica. Rigor parecido ao que a Eagles de John Textor tenta impor ao Botafogo. Vejamos os próximos passos.