A iminente saída do atacante Marcos Paulo para o Atlético de Madrid no meio do ano sem que o Fluminense receba um centavo sequer parece mesmo um ato já consumado. E a diretoria tricolor, sem ter o que fazer, está voltada agora para o assédio dos clubes europeus e asiáticos sobre outros jovens que revela no Vale das Laranjeiras – a maior fábrica de talentos do futebol carioca, uma das mais produtivas do País.

O divulgado interesse do Grupo City na aquisição da dupla Kayky (atacante) e Metinho (volante) não é tudo. Outros destaques do time Sub-17, campeão do Brasileiro e vice da Copa do Brasil da categoria, também têm sondagem e deverão receber propostas.

A diretoria precisará de atenção e habilidade para não perder dinheiro como no caso de Marcos Paulo, jogador que lapidou, homem quem formou. Significa vende-los em breve.

Agora mesmo vejam o caso do meia Arthur, de 15 anos, a mais jovem estrela da companhia. O menino só poderá assinar contrato profissional quando completar 16 anos contrato.

Mas, segundo informações não oficiais, já está no radar do Ajax, da Holanda, clube dos ex-são paulinos Anthony e David Neres. Camisa 10 das seleções de base da CBF, o menino vem sendo observado já há algum tempo por colaboradores do clube.

Reparem que a cada ano que passa a exportação de jogadores para o mercado europeu está cada vez mais precoce. Já não lembro mais quanto tempo faz que um deles, acima dos 23 anos, deixou um clube brasileiro para um grande do Velho Continente. E este detalhe hoje é decisivo no planejamento dos clubes - técnico e financeiro.

E vem daí a importância de haver na governança executivos que saibam operar neste mercado cada vez mais globalizado e competitivo.

Hoje em dia, se o clube não vender o jogador antes dos 18 anos, antes do último ano do primeiro contrato profissional, a possibilidade da valorização é cada vez menor.

E os casos que fogem a essa regra são os de exceção. E se os torcedores entenderem e aceitarem que é assim que a roda gira enxergaram porque Botafogo e Vasco hoje atravessam momento mais difícil do que Fluminense e, sobretudo, Flamengo.

Deu verde

O Maracanã merecia uma final de Libertadores mais bem jogada. Palmeiras e Santos fizeram um jogo abaixo da qualidade dos times e o Palmeiras acabou decidindo a partida aos 53 minutos, com Breno Lopes aproveitando a desconcentração momentânea dos santistas e o desencaixe na marcação após o entrevero entre Cuca e o lateral Marcos Rocha.

Parabéns ao português Abel Ferreira...