Reino Unido planeja infectar voluntários em testes de vacina contra Covid

| 21/10/2020, 14:59 14:59 h | Atualizado em 21/10/2020, 15:04

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/vacina-c0183385cff56ab75ba8f17fd9b9a2d2/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fvacina-c0183385cff56ab75ba8f17fd9b9a2d2.jpeg%3Fxid%3D146929&xid=146929 600w, Vacina contra a Covid: inovação

Para saber a eficácia das vacinas contra Covid-19, o Reino Unido planeja um estudo no qual os voluntários imunizados seriam deliberadamente infectados com o vírus, em um ambiente controlado.
Conhecidos como “desafio humano”, os testes devem começar em janeiro de 2021, segundo fontes oficiais.

A pesquisa será patrocinada pelo governo e envolverá 90 voluntários saudáveis, com idade entre 18 e 30 anos, que receberão previamente uma vacina candidata.

Os voluntários serão monitorados para determinar se a vacina funciona e se há efeitos colaterais, disseram as autoridades, que não especificaram qual ou quais imunizantes serão testados.

Os testes serão realizados sob estritas condições de controle no Royal Free Hospital, em Londres. Após os testes no hospital, os voluntários serão avaliados por um período de um ano.

As análises serão feitas por especialistas do Imperial College London. O governo acredita que essas pesquisas ajudarão a acelerar o desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus.

Para realizar esses testes, primeiro será necessária a aprovação dos reguladores. Caso sejam liberados, a previsão é que o resultado dos testes sejam conhecidos em maio do próximo ano.

O governo confirmou um investimento de 33,6 milhões de libras (cerca de R$ 244,1 milhões) para esses estudos.

O ministro de Negócios britânico, Alok Sharma, disse ontem que o governo “está fazendo tudo o que pode para combater o coronavírus, inclusive apoiando os melhores e mais brilhantes cientistas e pesquisadores em sua busca por uma vacina que seja segura e eficaz”.

Existem mais de 100 vacinas contra Covid-19 em desenvolvimento no mundo e algumas estão muito avançadas, entre elas a da Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, que também está sendo testada no Brasil, com 10 mil voluntários. O Ministério da Saúde anunciou parceria com o laboratório para adquirir a vacina.

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