VÍDEO | Violonista vence o alcoolismo após morar 7 anos na rua

| 04/07/2020, 06:00 06:00 h | Atualizado em 04/07/2020, 16:37

A bebida alcoólica pode levar a grandes problemas na vida de quem é dependente. Devido ao vício, há pessoas que perdem emprego, família e até a própria casa.

Esse foi o caso do violonista Elias Belmiro, de 52 anos. O músico viveu nas ruas de Vitória durante sete anos, mas conseguiu se reerguer e, há quatro meses, está longe da bebida.

“Não sei explicar quando o consumo de álcool se tornou um problema na minha vida. O que sei é que eu odeio bebida. Eu tinha horror a beber, porque sabia que no outro dia beberia de novo. Não compreendia, mas já era alcoólatra”.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/o-violonista-elias-belmiro-0ba7d6a870918bcff2ac74b921c01600/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fo-violonista-elias-belmiro-0ba7d6a870918bcff2ac74b921c01600.jpeg%3Fxid%3D130303&xid=130303 600w, O violonista Elias Belimiro afirma que, hoje,  pelo amor aos filhos – Pablo, de 22 anos, e Emanuelle, de 8 –,  está lutando para se manter sóbrio.

Elias já gravou três discos, interpretando a obra de Heitor Villa-Lobos, foi professor da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), deu aula para crianças e até tocou com a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses). O alcoolismo, porém, o levou a trocar os palcos pelas ruas.

Elias afirma que, hoje, pelo amor aos filhos – Pablo, de 22 anos, e Emanuelle, de 8 –, está lutando para se manter sóbrio.

“Disse para mim mesmo que tomaria uma posição, que pararia de beber. Foi muito dolorido o início. Para quem vive nas ruas, não é fácil. A minha droga parecia ser leve, mas não é. O álcool é tão catastrófico quanto as outras drogas”.

O violonista relatou que, há nove meses, conheceu uma mulher chamada Marilene, que lhe ofereceu ajuda, na porta do Teatro Carlos Gomes, em Vitória. “Ela veio até mim e pediu para falar comigo. Disse a ela que estava sujo, mas, mesmo assim, ela não desistiu de mim, e é minha amiga até hoje”.

Atualmente, o músico vive na casa de um amigo e está fazendo acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), em Ilha de Santa Maria, Vitória. “No ano passado, cheguei a sair da rua, mas acabei voltando. Voltei a ir no Caps, porque sinto que eles têm um amor muito grande por mim”.

Recuperado, Elias até gravou um vídeo, compartilhado em rede social, em que mostra o seu talento tocando violão.

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