Tio que matou sobrinho se entrega à polícia

| 25/01/2020, 16:05 16:05 h | Atualizado em 25/01/2020, 16:10

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-01/372x236/pai-fda9d411566fd49d5e3b6559d410d428/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-01%2Fpai-fda9d411566fd49d5e3b6559d410d428.jpg%3Fxid%3D105832&xid=105832 600w, Adelias Vieira  no dia da morte do filho Jackson (destaque): “Meu irmão atirou à queima-roupa na testa dele”

O policial civil afastado Adilau Vieira da Costa, acusado de matar o sobrinho a tiros no último dia 14, se entregou à polícia ontem. O crime aconteceu dentro da casa da vítima, na Glória, em Vila Velha. O operador de máquinas Jackson Franklin Rodrigues, 35 anos, foi atingido na cabeça e morreu na hora.

Após o crime, o acusado fugiu do local e, segundo a Polícia Civil, se apresentou na tarde de ontem na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.
Contra ele havia um mandado de prisão temporária, que foi cumprido. A investigação segue em andamento na DHPP de Vila Velha.

A Corregedoria da Polícia Civil não está investigando o caso, pois só apura condutas de policiais na ativa. Adilau foi encaminhado para a Unidade Prisional Especial para Policiais Civis, em Vila Velha.
No dia do crime, o pai da vítima, o delegado aposentado Adelias Vieira da Costa, 62, contou o que poderia ter motivado o assassinato.

“Meu irmão estava dizendo que ia jogar o lixo lá na frente da casa. Meu filho ouviu e disse para ele que lá não era lugar de jogar. Eles se agrediram e meu irmão sacou a pistola atirando à queima-roupa na testa dele”, lamentou.

A vítima e o tio moravam no mesmo terreno, na rua Aracati. No lote, há várias casas da família alugadas. O local foi uma herança deixada pelo avô de Jackson. Segundo Adelias, o operador era quem tomava conta do terreno. Ele e o tio já tinham discutido outras vezes por assuntos como o descar-te do lixo e o estacionamento.

O operador de máquinas deixou um casal de filhos: um rapaz de 18 anos e uma menina de 13.
Ainda de acordo com Adelias, não foi a primeira vez que o acusado demonstrou atitudes como essa.

“Mesmo na época de policial civil, ele já era problemático. Teve uma vez que fez alguns tratamentos psiquiátricos e se aposentou. Há um ano ele perdeu um filho assassinado em Linhares, envolvido com o tráfico de drogas. Ele havia falado que ia matar as pessoas que tinham eliminado o filho”, lembrou o pai da vítima.

Além de ser servidor público aposentado, Adilau também fez um curso de teologia em uma faculdade particular em Linhares, fato confirmado pela família.

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