Pescadores mudam redes para proteger fundo do mar

| 20/09/2020, 11:45 11:45 h | Atualizado em 20/09/2020, 11:55

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-09/372x236/pescadores-mudam-redes-para-proteger-fundo-do-mar-7dcb6b1d8909208971709f628840351c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-09%2Fpescadores-mudam-redes-para-proteger-fundo-do-mar-7dcb6b1d8909208971709f628840351c.jpeg%3Fxid%3D142193&xid=142193 600w, João Carlos e Braz: cuidados

Após o alerta dos ambientalistas sobre a pesca de arrasto que transforma o fundo do mar em verdadeiros desertos, o Sindicato dos Pescadores do Espírito Santo (Sindpesmes) informou que a preocupação dos pescadores com o mar é grande e, por isso, há anos eles fazem adaptações nas redes e respeitam o período de defeso do camarão, para que a espécie se reproduza no momento certo.

O presidente do Sindpesmes, João Carlos Gomes da Fonseca, 48, relata que pesca há 35 anos e, desde que começou no ramo, ainda adolescente, acompanha de perto a preocupação com o mar.

“Fazemos o máximo para não estragar a natureza. É do mar que sai o nosso sustento. Os arrastões são na areia e lama. O camarão fica escondido nesses lugares. Ao passarmos com os arrastões, não deixamos deserto. Alguns peixes são doados aos mais necessitados e até o lixo nós trazemos para o descarte de forma correta”, afirmou.

Ainda segundo João Carlos, há uma grande preocupação com as tartarugas, que ao serem capturadas, são devolvidas ao mar.

Vice-presidente do Sindpesmes, Braz Clarindo Filho, 48, que é filho, neto e bisneto de pescador, afirmou que os arrastões são monitorados há anos e que o desequilíbrio ambiental não chega acontecer. “É uma pesca controlada pelos órgãos ambientais. Nossa pesca não é industrial, é artesanal”, destacou.
 

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