Nutricionistas em defesa do pãozinho

Para especialistas, é possível consumir o alimento no dia a dia de forma saudável, podendo incluir ovos, queijo e salada

Ana Carolina Favalessa, do jornal A Tribuna | 02/02/2022, 14:16 14:16 h | Atualizado em 02/02/2022, 14:32

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00110620_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00110620_00.png%3Fxid%3D290170&xid=290170 600w, nutricionista Patrícia Fernandes:   entender a necessidade de cada pessoa
 

Não é preciso excluir o pão da dieta. É o que dizem as nutricionistas, que saem em defesa do pãozinho e explicam que é possível consumi-lo no dia a dia de forma saudável, desde que seja em quantidade moderada.

Assim, é possível apreciar os mais diversos pães, como o francês, o de forma e o de fermentação natural, por exemplo, sem culpa. 

 Esse item, presente na mesa dos brasileiros, principalmente no café da manhã, foi alvo de polêmica na última semana, quando a influenciadora digital e coach fitness Maíra Cardi criticou o marido Arthur Aguiar por ter comido pão em um reality show.  

“O pão é saudável e pode ser inserido na alimentação. Ele não é ultraprocessado e não tem muitos ingredientes prejudiciais à saúde”, explicou a nutricionista Maria do Carmo Freitas. 

A especialista afirmou que é preciso consumi-lo dentro de um equilíbrio, com quantidades moderadas e em um contexto de alimentação adequada. 

“Também temos como deixá-lo ainda mais saudável, incluindo um recheio mais proteico ou com fibras, colocando patê de frango, ovo mexido ou queijo, e saladas, como alface, tomate, cenoura ou rúcula, por exemplo”, destacou.

A nutricionista clínico-funcional e materno-infantil Giselle Guzzo Lorenzoni ressaltou que, no geral, as pessoas  têm  medo de comer carboidratos e engordar.  

 “Isto é o que chamamos de terrorismo nutricional: as pessoas têm medo de alguns alimentos, não só de pão. Há pacientes que não comem  arroz.  A alimentação veio para nutrir a gente, o que faz diferença é a quantidade”, afirmou a especialista. 

“O pão não é o vilão, o vilão é manter uma rotina desregulada”. Mas, a nutricionista disse que pães integrais e  de fermentação natural são mais recomendados, por terem mais qualidade, e  os  de farinha branca devem ser consumidos em menor quantidade. 

 Com relação à quantidade adequada a ser consumida, varia conforme cada indivíduo e deve ser avaliada por um profissional.

“Primeiro, é preciso entender a relação que a pessoa tem com o pão, se é afetiva,  cultural, um hábito e se não é uma compulsão”, explicou a nutricionista clínica esportiva Patrícia Fernandes.

“Deve-se entender a individualidade metabólica, quantas calorias  precisa por dia e como  pode fracionar isso na rotina”, completou.


SAIBA MAIS 


Tipos de pães

O pão está presente na mesa dos brasileiros de diversas formas: pão francês, pão de forma, pão doce e de fermentação natural, por exemplo.

A qualidade de cada um deles   varia, mas todos  podem ser consumidos, desde que seja moderadamente, segundo nutricionistas.

A discriminação do pão branco se dá  por ser um carboidrato simples, composto que contém açúcares, principalmente a glicose.

Pães integrais são mais recomendados  por terem mais fibras. 

Mas, pães de farinha branca também podem ser consumidos.   Uma dica  é combiná-los com recheios proteicos, como carne e queijo,  e saladas, para enriquecer os nutrientes.

Quantidade  recomendada

A quantidade varia para cada indivíduo. A avaliação, que é feita por um profissional, considera objetivo,  peso e sexo da pessoa.

Benefícios dos pães

Por ser rico em carboidratos,  é uma ótima fonte de energia. Ele também é rico em vitaminas do complexo B e, no caso dos pães integrais, eles também fornecem fibras e minerais.

Fonte: Especialistas consultadas.

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