Morre Sergio Paulo Rouanet, criador da lei de incentivo à cultura, aos 88 anos

Rouanet também ocupou o cargo de ministro da Cultura entre 1991 e 1992

Agência Folhapress | 03/07/2022, 12:32 12:32 h | Atualizado em 03/07/2022, 12:32

Sergio Paulo Rouanet, intelectual de vasta carreira que criou a lei que leva seu sobrenome durante sua passagem pelo governo Collor como secretário da Cultura, morreu neste domingo aos 88 anos.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00119283_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00119283_00.jpg%3Fxid%3D353789&xid=353789 600w, Sergio Paulo Rouanet nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 23 de fevereiro de 1934
 

Formado em ciências jurídicas e sociais, o professor e ensaísta realizou doutorado em ciência política e deu aulas no Instituto Rio Branco. Ele também ocupava, há 30 anos, a cadeira de número 13 da Academia Brasileira de Letras.

Rouanet foi diplomata de carreira por décadas, tendo sido embaixador na Dinamarca, cônsul-geral em Zurique, na Suíça, e ocupado postos na Organização das Nações Unidas, na Organização dos Estados Americanos e chefias de departamento no Itamaraty, em Brasília, antes de integrar o governo federal.

Em 1991, o professor foi convidado por Fernando Collor de Mello para ocupar a Secretaria Nacional de Cultura, que tinha status de ministério à época, cargo no qual ficou até o ano seguinte.

A passagem breve foi marcada por uma das mudanças mais significativas no cenário cultural brasileiro, a criação da Lei de Incentivo à Cultura, que serviu de estímulo financeiro para a realização de projetos artísticos em todos os campos no Brasil e sofreu reforma durante o governo Bolsonaro, quando deixou de levar o nome de seu criador.

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