Maré alta invade casas e provoca prejuízos no Estado
O tempo continuou instável pelo Estado nesta segunda-feira (6) com aberturas de sol em meio a nuvens carregadas. Mesmo sem chuva na Grande Vitória, o bairro Dom João Batista, em Vila Velha, ficou com as ruas tomadas pela água. O motivo para isso foi a maré que subiu e invadiu casas próximas a Baía de Vitória, causando transtornos e prejuízos a moradores.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/A1iDqg-Qjgw" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe> A autônoma Adriana Dias é moradora da rua São José, em Dom João Batista, e revelou que os moradores ficaram assustados com a altura atingida pela água. Segundo ela, em alguns pontos, a água chegou até a cintura dos moradores.
"Dessa vez extrapolou. Casa que não entrava água, dessa vez, entrou. Uma senhora, que tem dificuldade de se locomover, teve que sair de casa, pedindo socorro porque estava perdendo as coisas. A maré enchia aqui no mês de março, mas agora é o ano todo e cada vez está ficando pior", afirmou ela.
No entanto, não foi apenas em Vila Velha que moradores viram a água tomar conta de ruas e casas. Registros também foram feitos da água invadindo ruas e chegando perto de comércios no bairro Ilha de Santa Maria, em Vitória.
Qual a explicação para esse fenônemo?
O Tribuna Online foi atrás de uma explicação para essa maré alta que invadiu as ruas e casas pelo Estado. De acordo com a meteorologista Josélia Pegorim, a elevação das ondas é o efeito da passagem de um forte ciclone extratropical na costa da Região Sul, na sexta-feira (3), e que gerou grandes ondas que chegaram também ao Sudeste.
A meteorologista também explica que estamos na lua cheia e isto potencializa a elevação do mar. A maré alta na lua cheia é chamada de maré de sizígia, segundo ela.
O termo sizígia vem da Astronomia e quer dizer genericamente o alinhamento de três corpos pertencentes a um sistema gravitacional.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Z5H7Owb7TNs" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe> O instituto informa que as marés observadas na Terra decorrem de efeitos diferenciais do campo gravitacional que a Lua ou Sol produzem sobre a Terra.
O quase alinhamento da Terra com o Sol e a Lua, caracterizando uma sizígia, acontece nas fases Nova e Cheia. Como as forças de maré resultam ser mais intensas nesses momentos do mês lunar (cerca de três vezes mais intensas do que em Crescente e Minguante), decorre que a diferença entre maré alta e maré baixa nestes momentos é maior do que em outros, daí o termo marés sizígias ser usado para caracterizar as marés em Nova e Cheia.
Maré de sizígia
O instituto explica que a amplitude da maré, ou seja, a diferença entre a maré alta e a maré baixa, será diferente dependendo da fase da lua.
"Quando estamos em Lua Cheia ou Lua Nova, a força gravitacional da Lua combinada com a do Sol, cria amplitudes maiores da maré, ou seja, marés altas maiores que a média e marés baixas menores do que a média – o mar avança/recua mais em relação à faixa de areia. Neste caso, ocorre a maré de sizígia".
Alerta para mar agitado
O Climatempo emitiu alerta para forte agitação no mar começando enre quinta-feira (9) e sábado (11), por causa de outro ciclone extratropical que passa pelo Sul do Brasil, neste início de semana.