Golpista cobrava R$ 20 mil para colocar as pessoas no 'BBB'
Um empresário, que se descreve como agente de modelos e referência no mercado de luxo, está sendo acusado por mais de 100 pessoas por aplicar golpe ao cobrar para indicar participantes para o Big Brother Brasil. O casos repercutiram na internet nesta semana e as vítimas afirmam que Dionatan Hobs pedia entre R$ 2 mil e R$ 50 mil aos "clientes" pela indicação.
Uma das vítimas, Gabriela Lemos, conversou com a coluna do Leo Dias sobre o golpe que levou e disse que pretende fazer um boletim de ocorrência contra o empresário.
"Mandei mensagem perguntando como era para entrar no 'Big Brother', achando que ele falaria que conseguiria arranjar para o próximo ano. Mas ele falou que conseguiria se eu pagasse de R$ 5 mil a R$ 8 mil. No dia seguinte, coloquei na conta dele R$ 5 mil", relatou Gabriela à reportagem.
Logo em seguida, ele falou que estava tudo certo e que Gabriela deveria arrumar suas malas e aguardar ser buscada para o confinamento - o que nunca aconteceu.
"E aí, entrou todo mundo no Big Brother e até o último minuto ele estava lá. Me mandava a localização dos Estúdios Globo, foto dele lá dentro. Ele fazia a gente acreditar que aquilo realmente era verdade. Acreditei na veracidade dele porque eu já vi ele com famosos, já vi ele na loja da Louis Vuitton”, disse.
Segundo informou a coluna, em maio de 2020, o empresário conseguiu plantar em alguns blogs notícias de que ele seria o produtor responsável por selecionar os participantes de um reality show em 2021. Em suas redes sociais, ele afirma ter escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Balneário Camboriú e Recife. Mas a coluna não conseguiu localizar nenhum deles.
Além do dinheiro, empresário fazia chantagens
De acordo com a jovem Gabriela, o agente reunia informações e fotos para chantagear as vítimas enquanto aplicava o golpe do BBB.
“Ele me mandou um questionário para preencher e uma das perguntas era ‘qual é o seu maior segredo?’. Eu não respondi, mas muita gente respondeu, e ele usa isso para ameaçar. Ele também pedia fotos sensuais”.
O empresário desativou o seu perfil oficial, no qual tinha mais de 100 mil seguidores, mas ainda mantém um perfil pessoal fechado. O site indicado como de seu escritório em sua página no Facebook não existe. A coluna tentou contato com ele, que não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens. O espaço segue aberto.
Além do golpe do BBB, o empresário também está sendo acusado de outras fraudes, como vender iPhones e não entregar ao comprador, se passar por outra pessoa nas redes sociais, pedir permutas em lojas de roupas e bolsas em troca de divulgação, receber os produtos e sumir.
As informações são da coluna Léo Dias, do site Metrópoles.