Família encara tempestade e ventos em veleiro na costa capixaba

A bordo do veleiro Kat, família Schurmann desafia ventos de até 90 km/h em Vitória na expedição que combate a poluição nos mares

Jaciele Simoura, do jornal A Tribuna | 21/10/2021, 20:06 20:06 h | Atualizado em 21/10/2021, 20:09

Viajar oceano afora pode proporcionar um “mar de emoções” para quem está em um veleiro. E a família Schurmann decidiu, mais uma vez, explorar os mares para conscientizar a população sobre a necessidade de não poluir os oceanos. 

Vitória é o sétimo destino da família Schurmann. Eles atracaram ontem no Iate Clube do Espírito Santo e precisaram enfrentar tempestade e ventos de até 90 quilômetros por hora e ondas de 3 metros de altura. 

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/100000/372x236/inline_00105210_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F100000%2Finline_00105210_00.jpg%3Fxid%3D246271&xid=246271 600w,  Família Schurmann  enfrentou ondas de 3 metros de altura no litoral do Estado e se impressionou com a natureza
 

“Estou muito feliz de estar aqui, uma pena que esteja chovendo. Vitória é sempre um porto impressionante”, comentou o patriarca Vilfredo Schurmann.

Os Schurmanns foram os primeiros brasileiros a viajar ao redor do mundo a bordo de um veleiro. A viagem começou em 1984 e durou até 1994. Vilfredo e sua mulher, Heloísa Schurmann, partiram de Santa Catarina, com os filhos Wilhelm, David e Pierre  – na época com 7, 10 e 15 anos, respectivamente.

Reunidos novamente a bordo do veleiro Kat, a família tem o intuito de registrar a poluição nos mares e navegar em busca de soluções para combater o problema. A expedição Voz dos Oceanos começou em agosto e deve durar dois anos. Ao todo, serão 60 locais estratégicos entre o Brasil e a Nova Zelândia. 

A ideia nasceu há sete anos, quando, durante uma expedição até a Ásia, a família se chocou com a quantidade de lixo encontrado em West Fayu, uma ilha pequena, na Micronésia. “O lixo plástico nos faz perder muito dinheiro e prejudica não só o meio ambiente, como também aqueles que consomem os peixes”, disse Vilfredo. 

Durante a jornada, a família  vai conversar com especialistas, ONGs, gestores públicos, empresas privadas e com a população para promover ações que melhorem os mares. 

No litoral capixaba, eles vão percorrer as praias da capital e  farão uma visita ao Instituto Jubarte. Eles ficam no Estado até o próximo dia 26. “Gostaríamos de conhecer a problemática do mar capixaba. Buscar melhorias. Temos essa missão”, afirmou Vilfredo.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/100000/372x236/inline_00105210_01/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F100000%2Finline_00105210_01.jpg%3Fxid%3D246272&xid=246272 600w, Familiares  vão passar por 60 locais entre Brasil e Nova Zelândia
 

SAIBA MAIS

Família Schurmann

Vilfredo e Heloísa Schurmann junto com os filhos Wilhelm, David e Pierre foram os primeiros brasileiros a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro. Eles passaram dez anos no mar (1984-1994). 

De lá para cá, eles voltaram ao mar em jornadas: Magalhães Global Adventure (1997-2000) e Expedição Oriente (2014-2016). 

Voz dos Oceanos

A nova aventura da família tem o intuito de registrar a poluição nos mares e buscar soluções. A expedição começou em agosto e deve durar dois anos. 

Veleiro Kat

O veleiro Kat foi batizado em homenagem à filha do casal, que morreu aos 13 anos, em decorrência de complicações do vírus HIV.

Fonte: Família Schurmann.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: