Dono de restaurante teme invasão da água do mar em Meaípe

| 09/04/2020, 09:42 09:42 h | Atualizado em 09/04/2020, 09:59

“Não está dando para dormir”, confessa Leonardo Capistrano, 48 anos, que possui um restaurante que está a menos de dois metros da erosão causada pelas fortes ondas que atingem a orla de Meaípe, em Guarapari.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-04/372x236/ressaca-erosao-meaipe-guarapari-6db75c8d9570937ae605ab205e5095c3/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-04%2Fressaca-erosao-meaipe-guarapari-6db75c8d9570937ae605ab205e5095c3.jpg%3Fxid%3D116690&xid=116690 600w, Leonardo Capistrano, de 48 anos, mostra erosão em frente ao seu restaurante.

A situação que já era preocupante, ficou ainda pior, com o aumento da ressaca na tarde de ontem. Além do restaurante, a família vive na casa que fica no andar de cima.

“Uma situação crítica, porque além de trabalhar, a gente ainda mora aqui. Então temos a família e os filhos aqui. Não está dando para dormir. Já tem uns dias que a gente não dorme. Quando vem da natureza, é mais perigoso. Sabemos que com o mar não dá para brincar”, disse Leonardo.

As mudanças climáticas que provocam as famosas ressacas, estavam sendo anunciadas há alguns dias. O problema na orla é maior, pois segundo o comerciante, a empresa que está construindo o novo muro, acabou retirando o antigo justamente nesse momento de ressaca.

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“As obras estavam acontecendo, mas infelizmente a empresa acabou não se atentando para a maré de lua, e a situação piorou. Na tarde de hoje (ontem), a empresa voltou para colocar algumas pedras, mas a ação apenas minimiza o problema, mas infelizmente não resolve com esse paliativo. Somente o muro poderia segurar melhor”, completa o comerciante.

O gerente da Defesa Civil de Guarapari, Oldair Rossi, esclareceu que o órgão esteve no local, e chegou a orientar a família que deixasse o local, para que novas medidas sejam tomadas hoje. “Foi uma orientação de segurança, para que eles deixem o local. Amanhã (hoje) precisamos tomar as medidas definitivas, se vamos precisar ou não de interditar o local”, explicou Oldair.

A castanheira que ameaçava cair, e que foi destaque na edição do Jornal A Tribuna de ontem, foi retirada após a reportagem. Segundo a Defesa Civil, a ação se fez necessária, pelo risco que oferecia.

“A castanheira precisou ser retirada. A erosão da maré pegou por baixo da raiz, e para evitar um problema maior, foi decidido dessa maneira. Porque a vida em primeiro lugar”, disse Oldair. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura (Semag) informou que outra espécie apropriada ao local será plantada.

A Defesa Civil informou ainda que o monitoramento em Meaípe é diário.

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