Dono de bar relata desespero por comércio fechado durante pandemia

| 03/07/2020, 15:23 15:23 h | Atualizado em 03/07/2020, 15:33

Lá se vão 102 dias desde que o tradicional Boteco do João, em Vitória, abriu as portas pela última vez. Obrigado a fechar por conta da pandemia do novo coronavírus, o comerciante João Luiz Mendes acumula prejuízos. “Não sabemos mais o que fazer. É desesperador”.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/dono-de-bar-relata-desespero-apos-102-dias-fechado-e6b8d6e611e533d5a719f9057cefb19d/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fdono-de-bar-relata-desespero-apos-102-dias-fechado-e6b8d6e611e533d5a719f9057cefb19d.jpeg%3Fxid%3D130223&xid=130223 600w, João Luiz defende a liberação de abertura dos bares aos fins de semana
Localizado no bairro Santa Martha, o Boteco do João também não está atendendo por delivery, pois o proprietário diz que essa é uma opção inviável pelo tipo de prato que serve, a “comida de boteco”. A situação vai continuar a mesma nos próximos 30 dias, já que o decreto que impede a abertura dos bares foi prorrogado por um mês. “O ideal era liberar aos finais de semana, até as 16 horas, pelo menos. Se não for criado um horário específico para o funcionamento, muitos vão fechar”, disse João Luiz. Segundo o Sindicato dos Restaurantes Bares e Similares do Estado, cerca de 4 mil bares e restaurantes já fecharam as portas por conta da crise, e 25 mil trabalhadores do setor foram demitidos. Na próxima segunda-feira, donos de bares de todo o Estado farão um protesto em Vitória, saindo em carreata do Triângulo das Bermudas, na Praia do Canto, e indo até o Palácio Anchieta, no Centro. O governo do Estado disse, por meio de nota, que “mantém diálogo permanente com representantes dos diferentes segmentos comerciais, buscando medidas que viabilizem o funcionamento dos estabelecimentos e que preservem a saúde e a segurança da população”.

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