Criança de 10 anos pode ter sido uma das vítimas de falso médico no Estado

| 20/08/2021, 19:31 19:31 h | Atualizado em 20/08/2021, 19:36

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-08/372x236/ana-luisa-e19f699e7b8dc3e66283c18a9d787e14/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-08%2Fana-luisa-e19f699e7b8dc3e66283c18a9d787e14.jpeg%3Fxid%3D185335&xid=185335 600w, Ana Luisa tinha 10 anos

Uma criança de 10 anos, moradora de São Mateus, no Norte do Estado, pode ter sido uma das vítimas atendidas pelo falso médico, preso pela Polícia Federal na última quarta-feira (18). A morte foi registrada em janeiro deste ano, mas só foi divulgada nesta semana quando a mãe denunciou o caso à Polícia.

Foi no dia 11 de janeiro que a professora Alessandra Ferreira Marcelino, de 48 anos, levou a filha Ana Luisa para o Hospital Roberto Silvares, em São Mateus. A menina apresentava quadro de vômito e dor na barriga.

Em um primeiro momento, a criança foi atendida por uma enfermeira até chegar ao médico por volta das 21 horas. A mãe chegou a questionar o fato de "nunca ter ouvido falar" no médico e foi informada que ele era de outra cidade e que era um "excelente pediatra".

Durante o atendimento, o falso médico fez algumas perguntas e afirmou que o quadro de Ana Luisa seria uma gastroenterite, que, segundo ele, era um "quadro comum". A mãe chegou a pedir exames mais detalhados, mas foi negada.

"Eu estava achando que poderia ser apendicite ou algo mais sério. Com muito deboche ele me disse: eu posso investigar, mas você quer que eu interne sua filha aqui e ela divida leito com pessoas que tem covid? Eu disse que não. Aí, ele insistiu que era gastroenterite e que era para eu continuar dando o remédio à ela em casa", relembra Alessandra.

O médico chegou a recomendar que "se a menina pedisse um refrigerante de cola no café da manhã que ela poderia dar". "Eu achei aquilo muito estranho", disse a mãe.

Ana Luisa então foi encaminhada para tomar medicação intravenosa. Minutos depois, ela começou a convulsionar até ter uma parada cardíaca. A criança não resistiu e morreu em uma maca no hospital.

"Eu vou lutar com todas as minha forças e vou até o fim. quero que ele vá a júri popular, pague pelo o que fez. Que ele pague por homicídio doloso. Ele teve intenção de matá-la", afirmou.

Novos fatos

O caso foi denunciado na Delegacia da Polícia Civil em São Mateus e será investigado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Mateus.

Já a Polícia Federal informou que a investigação está em andamento e, por isso, não poderia passar mais detalhes.

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