Autoestima e beleza com centímetros a mais

Mulheres com mais de 1,80 metro de altura falam sobre os desafios de ter uma estatura feminina bem acima da média

Daniela Esperandio e Roberta Bourguignon, do jornal A Tribuna | 11/03/2024, 14:40 14:40 h | Atualizado em 11/03/2024, 14:05

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Autoestima-e-beleza-com-centimetros-a-mais0017117900202403111405/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FAutoestima-e-beleza-com-centimetros-a-mais0017117900202403111405.jpg%3Fxid%3D752761&xid=752761 600w, A modelo e digital influencer Eduarda Braum, 
de 1,86 metro, incentiva mulheres altas a se 
sentirem bem e, principalmente, a conquistarem autoconfiança

Sair de casa sem chamar a atenção por onde passa não faz parte da rotina de uma mulher alta. Fora da média da estatura feminina, sua presença é marcante. Como seria esse sentimento?

A Tribuna conversou com jovens capixabas que esbanjam beleza e carisma com seus centímetros a mais e elas comentaram sobre a aceitação do corpo.

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Uma delas é a modelo e digital influencer Eduarda Braum, de 22 anos. Com seu 1,86 metro, ela contou que desde criança sempre foi a mais alta da turma entre as amigas e até mesmo a mais alta da escola.

Miss Universo Espírito Santo 2021, ela afirmou que ama sua estatura e não deixa essa relação guardada para si.

Por meio das redes sociais, incentiva mulheres altas a se sentirem bem e, principalmente, a conquistarem a autoconfiança. Seus vídeos publicados abordam a insegurança em lidar com a estatura no modo geral.

“Uma situação que eu sempre recebo das minhas seguidoras é a dificuldade em lidar com olhares e comentários das pessoas. E algo que eu sempre digo a elas que aprendi é que as pessoas não olham para nós com olhares negativos. São olhares de surpresa, admiração, porque ser alta é um grande diferencial e nós temos que amar isso em nós, temos que aproveitar e admirar os nossos centímetros a mais”, comentou Eduarda.

Uma das amigas da jovem, a professora Ramaiane Carnielli, de 35 anos, também é alta e ama seu jeitinho de ser. Com 1,80 metro, ela contou que teve que aprender a abraçar quem é, pois tinha dificuldades em se aceitar, principalmente na adolescência.

“Minha aparência é algo que me torna única, é o que sou. Não tenho mais problemas com isso. E é essencial que a gente aceite o nosso corpo, principalmente nos dias de hoje, em que somos bombardeados o tempo inteiro com um padrão de beleza inalcançável, irreal”, disse.

Também com 1,80 metro, Thaisa Trancoso, advogada de 26 anos, é outra mulher que gosta de seu tamanho. A jovem disse que uma das vantagens é conseguir alcançar objetos em alturas maiores sem precisar de ajuda.

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“A mulher alta se destaca”

Filha de um pai com 1,80 metro e mãe de 1,73, Jeovanna Scarlatt, 24 anos, contou que já teve uma época que não se sentia confortável com sua altura. Comentários maldosos a entristeciam.

“Infelizmente, não podemos controlar o que o outro vai falar, pensar da gente, e por sempre ter sido a mais alta da turma na escola ou no trabalho, confesso que eu ficava muito chateada e me sentia insegura”, contou.

Hoje, a jovem, que trabalha com marketing de social media e mede 1,83 metro, afirmou que passou a se amar e se sente feliz com seu corpo.

“Costumo dizer às pessoas: 'pense pelo lado positivo, se você andar do meu lado, sempre vai andar de cabeça erguida'”.

Um ponto positivo de sua altura é poder ser vista de longe. “Querendo ou não, a mulher alta se destaca”.

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“A altura ajudou”

Aos 33 anos e dona de 1,81 de altura, a empresária Yasmim Castro diz que sempre aceitou os centímetros a mais como benefício e brinca que o desafio mais difícil foi de encontrar namorado.

“A altura sempre me ajudou em tudo. O mais difícil era arrumar namorado. Mas já passou. Sou casada há 13 anos e meu marido tem 1,85m. Mais nova eu não gostava de usar salto alto para não ficar ainda mais alta. Mas passou”, ressalta.

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