Anvisa aprova novas lentes contra catarata e miopia

| 05/08/2020, 17:00 17:00 h | Atualizado em 05/08/2020, 15:48

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-08/372x236/cesar-ronaldo-filho-5d6fb46d03bbb8ffcfa6564a131fd3dc/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-08%2Fcesar-ronaldo-filho-5d6fb46d03bbb8ffcfa6564a131fd3dc.jpeg%3Fxid%3D135606&xid=135606 600w, O cirurgião oftalmológico César Ronaldo mostra um dos tipos de lente

Mais de 35 milhões de pessoas possuem algum grau de dificuldade visual no País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os problemas apresentados estão miopia, astigmatismo, hipermetropia e catarata, principal causa de cegueira no mundo.

Para melhorar a qualidade de vida desses pacientes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, este ano, 30 novas lentes para implantes nos olhos.

Especialistas explicam que essas lentes intraoculares com grau são cristalinos artificiais implantados no olho durante a cirurgia de catarata para substituir o cristalino.

Cirurgião oftalmológico do Hospital de Olhos de Vitória, César Ronaldo Filho explicou que existem vários tipos de lentes intraoculares que corrigem um tipo de grau (dois, três ou quatro).

“A multifocal, por exemplo, não pode ser para qualquer paciente, e funciona da seguinte maneira: para ganhar visão de perto, compromete um pouco a visão de longe”.

Já entre as aprovadas pela Anvisa, o cirurgião destaca a intraocular Eyhance. “Não vai garantir uma ótima visão de perto, mas o paciente não perderá nada da visão de longe e ainda terá visão intermediária, podendo ver o computador e o painel do carro sem necessidade de óculos na maior parte do tempo”.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-08/372x236/hanna-teodoro-04b7c69ad6f75347ed18d34cd0a9e1b1/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-08%2Fhanna-teodoro-04b7c69ad6f75347ed18d34cd0a9e1b1.jpeg%3Fxid%3D135607&xid=135607 600w, Hanna Teodoro, oftalmologista
Especialista em oftalmologia infantil e estrabismo, a oftalmologista Hanna Teodoro destacou que os avanços das lentes intraoculares giram em torno de melhora da qualidade de visão em múltiplos focos (perto, intermediário e longe) e diminuição dos distúrbios visuais.

A oftalmologista Damaris Bueno, da Oftalmoplus, ressalta, porém, que as intraoculares trifocais não são indicadas a todo paciente.

“Podem ser usadas por pessoas com

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-08/372x236/damaris-bueno-78f74b7047e8445187910676e52d51c2/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-08%2Fdamaris-bueno-78f74b7047e8445187910676e52d51c2.jpeg%3Fxid%3D135608&xid=135608 600w,
mais de 50 anos e que não puderam operar uma miopia, astigmatismo ou hipermetropia com laser de superfície. Nesses casos, eles podem optar pela cirurgia, apesar de não terem catarata, para enxergarem bem sem os óculos e para todas as distâncias”.

Saiba mais


Lentes intraoculares

  • A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, este ano, 30 novas lentes para implantes nos olhos.

  • As lentes intraoculares com grau são cristalinos artificiais implantados no olho na cirurgia de catarata para substituir o cristalino opacificado. Também podem ser usadas em caso de miopia e hipermetropia.

  • Entre as novas aprovações, estão as lentes Eyhance, Synergy, Acrysof Single Piece, Clareon e Acryfold.

Fonte: Anvisa e médicos consultados.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: