Vaquinha para tratar filho do indigenista Bruno Pereira bate meta de R$ 2 milhões

Ao todo, foram mais de 25,7 mil doações registradas na plataforma de arrecadação

Agência Estado | 08/01/2024, 08:48 08:48 h | Atualizado em 08/01/2024, 09:04

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/160000/372x236/Vaquinha-para-tratar-filho-do-indigenista-Bruno-Pe0016225800202401080903/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F160000%2FVaquinha-para-tratar-filho-do-indigenista-Bruno-Pe0016225800202401080903.jpg%3Fxid%3D702002&xid=702002 600w, Vaquinha foi criada para ajudar Pedro

Ultrapassou R$ 2 milhões o valor arrecadado pela vaquinha criada para tratar o filho do indigenista Bruno Pereira, considerado um dos maiores especialistas em povos isolados do País e que foi assassinado em junho de 2022 no Vale do Javari, no Amazonas. Na ocasião, ele realizava uma expedição com o jornalista inglês Dom Phillips, que também foi morto.

A antropóloga Beatriz de Almeida Matos criou uma vaquinha virtual para ajudar no tratamento do filho Pedro, de 5 anos, que foi diagnosticado com neuroblastoma estágio 4, um tipo de câncer considerado muito agressivo.

A meta era atingir R$ 2 milhões. Até 22h deste domingo, 7, foram arrecadados cerca de R$ 2,03 milhões. Ao todo, foram mais de 25,7 mil doações registradas na plataforma de arrecadação Vakinha. A ajuda pode ser prestado a partir do link www.salvepedro.com, que segue ativo.

"Depois de 5 meses fazendo quimioterapia em hospital público, a luta do Pedro é para que o câncer não se espalhe. Isso só pode ser evitado com um medicamento caríssimo (betadinutuximabe), que tem de ser importado e não é oferecido pelo SUS", explicou Beatriz, na descrição da vaquinha.

O neuroblastoma é um tipo de câncer que quase sempre atinge crianças até 5 anos de idade. A maioria dos neuroblastomas se desenvolve nas glândulas adrenais (próximas aos rins), mas pode atingir outros órgãos. No estágio 4, a doença já atingiu os gânglios linfáticos.

"Pedro é filho de Bruno Pereira, um dos indigenistas mais combativos do Brasil, assassinado covardemente em junho de 2022. Um crime que comoveu o mundo e indignou o país. Bruno dedicou a vida à Amazônia. Denunciou o garimpo ilegal e a pesca predatória. Combateu o desmatamento e a grilagem de terras. Enfrentou os invasores das áreas protegidas. Lutou pelos povos indígenas. Defendeu a floresta, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos. Agora, a batalha do Pedro, o filho do Bruno e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos, é pela vida", escreveu Beatriz.

"Vamos salvar o Pedro. Entra nessa vaquinha. Colabore como puder. Pedro é filho do Bruno. Pedro é filho da Beatriz. Pedro é nosso filho. É filho do Brasil. Salve Pedro", acrescentou a antropóloga.

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