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Coronavírus

Terceira dose de vacina aumenta proteção contra covid em até 5 vezes


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Imagem ilustrativa da imagem Terceira dose de vacina aumenta proteção contra covid em até 5 vezes
Cariacica abre 2.500 vagas para vacinação da segunda dose da Coronavac |  Foto: Divulgação

Enquanto menos de 20% da população mundial estão totalmente vacinados contra a covid-19, já se fala em outra via para aumentar em até cinco vezes mais a proteção de quem tomou a Coronavac: a aplicação de uma terceira dose do imunizante.

A conclusão está em dois estudos divulgados pela fabricante e comentados pelo Instituto Butantan, parceiro na produção da vacina no Brasil. As pesquisas foram feitas na China com dois grupos de voluntários, adultos e idosos, e com dois diferentes intervalos de aplicação da terceira dose.

Os estudos foram divulgados dois dias antes da notícia que fez o Brasil chorar ontem: a morte do ator Tarcísio Meira, 85 anos. Ele havia sido imunizado com duas doses da Coronavac.

Na tarde ontem, foi divulgado que o apresentador Silvio Santos, 90 anos, assustado com a notícia da morte do ator, teria dado entrada no Hospital Albert Einstein, de São Paulo, com suspeita de covid.

Ao UOL, o SBT desmentiu e disse que ele “está bem” e em casa e que não foi a nenhum hospital ontem. Sobre a suspeita de covid, a assessoria também afirmou que não há informação sobre o assunto.

Pesquisas

Considerando o cenário atual de disponibilidade de doses no Brasil, a infectologista Ana Carolina D’Ettorres diz que é preferível garantir que mais pessoas recebam duas doses de Coronavac, mantendo as medidas de precaução, como uso de máscara, por exemplo, antes de partir para o esquema de dose adicional.

“Há estudos em desenvolvimento de diversos fabricantes, inclusive AstraZeneca e Pfizer. Todos demonstram aumento de anticorpos após a dose adicional, porém, não há recomendação de alteração de quantidade de doses dos esquemas atuais baseado nesses estudos. Precisamos aguardar mais dados”.

Em julho, o Ministério da Saúde encomendou um estudo para avaliar a dose adicional para quem tomou Coronavac. O trabalho, em parceria com a Universidade de Oxford, deve ficar pronto em novembro. A pesquisa medirá resultados de um reforço também com imunizantes da Janssen (Johnson & Johnson), Pfizer e AstraZeneca.

Casal quer reforço da AstraZeneca

Imagem ilustrativa da imagem Terceira dose de vacina aumenta proteção contra covid em até 5 vezes
Casal quer reforço da vacina AstraZeneca |  Foto: Dayana Souza/AT

Antes de serem imunizados, o servidor público estadual aposentado Jânio Araújo, de 59 anos, e a professora Soraya Rosa dos Santos Araújo, 51, receberam o diagnóstico para o qual ninguém está preparado: ambos testaram positivo para covid-19.

Os dois foram internados este ano, ficaram no mesmo quarto, sem a necessidade de irem para a Unidade de Terapia Intensiva  (UTI). Depois de nove dias, com 60% dos pulmões comprometidos, Jânio recebeu alta no Domingo de Páscoa (4 de abril). Soraya deixou o hospital três dias depois.

Agora, vacinados com as duas doses da AstraZeneca, o casal defende a terceira dose do imunizante. Mas, enquanto isso não é realidade no Brasil, eles não abrem mão de usar máscara, álcool em gel, além de fugir de aglomeração.

“Brasil precisa discutir nova aplicação”, diz cientista

Apesar de as vacinas contra a covid-19 ainda não estarem disponíveis para toda a população adulta no Brasil, a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e epidemiologista Ethel Maciel reforça ser preciso começar a discutir a necessidade da terceira dose de imunizantes no País.

Ela frisou que a campanha de vacinação tem sido “arrastada” no Brasil. “Quem se vacinou em janeiro ficou sem a proteção da imunidade coletiva, já que não temos a maioria da população com duas doses”.

Ethel citou que vários países já estão aplicando a terceira dose, não só da Coronavac, ao perceberem aumento de internações e queda na efetividade da vacina com o tempo. “No Brasil, a gente precisa planejar. Precisa estar no horizonte do Programa Nacional de Imunizações. Sabemos que é complicado tomar decisões em um cenário de escassez de vacina”.

Segundo ela, estudos reforçam a necessidade de que, principalmente idosos, recebam a terceira dose, independente do fabricante. “Temos de monitorar os casos para checar a redução da efetividade de nossas vacinas. O vírus está evoluindo, e a gente precisa evoluir no controle da pandemia”.

Para o doutor em Imunologia Daniel Gomes, também professor da Ufes, neste momento, ainda é mais importante vacinar a população toda com duas doses. “Por causa das novas variantes, é mais interessante aumentar a cobertura vacinal do que vacinar parcialmente a população com três doses”.


Entenda


Estudos

  • Dois estudos mostraram que uma terceira dose de Coronavac para quem já completou o esquema vacinal contra a covid-19 é eficaz para aumentar a imunidade contra o vírus.
  • Os artigos foram divulgados nesta semana pelo laboratório chinês Sinovac e comentados pelo Instituto Butantan, parceiro na produção do imunizante no Brasil. Estão publicados na plataforma medRxiv, ainda sem a revisão de outros cientistas.

Voluntários

  • As pesquisas foram feitas na China com dois grupos de voluntários, adultos e idosos, e com dois diferentes intervalos de aplicação da 3ª dose.
  • Em um deles, pessoas de 18 a 59 anos tomaram a dose adicional após seis meses da conclusão do esquema de vacinação (com duas doses).
  • O Diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o estudo mostrou o que já se sabia, ou seja: com duas doses, existe uma imunização e, após seis meses, quando se recebe uma dose adicional, a resposta é multiplicada de três a cinco vezes.
  • Já no outro estudo, foi avaliada a resposta em pessoas com mais de 60 anos. Nesse grupo, a aplicação da terceira dose foi feita mais tarde, oito meses depois do esquema de duas doses estar completo.
  • A resposta foi até mais substancial: foi de cinco a sete vezes superior à resposta após as duas doses.

Segurança

  • A segurança de tomar uma terceira dose também foi acompanhada nos trabalhos, e os resultados não demonstraram que haja risco em nenhum dos grupos.

Outros estudos

  • Existem outros fabricantes realizando o mesmo tipo de estudo, mas os resultados não foram divulgados.

São Paulo: planejamento

  • A aplicação de doses adicionais já está sendo planejada para 2022 para todos os moradores, independentemente do imunizante que tenham tomado. Para isso, os resultados dos estudos com todos os produtos são acompanhados.

Eficácia: outro levantamento

  • Levantamento da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia das universidades de São Paulo (USP) e Estadual Paulista (Unesp), mostrou que 3,7% dos vacinados com duas doses morreram após serem contaminados pela doença.
  • A pesquisa informa que, entre os internados avaliados, pelo menos, 9.878 brasileiros que morreram por covid-19 no País tomaram as duas doses ou aplicação única da Janssen.

Fonte: Agência Globo e pesquisa A Tribuna.

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