Minhas impressões...
Há anos que não se via a CBF mergulhada numa crise institucional tão severa e vexatória. O afastamento de Rogério Caboclo da presidência pelas denúncias de assédios sexual e moral deu-se logo após a descoberta de que ele trocaria o comando técnico da Seleção.
Mas não por insatisfação com o trabalho de Tite, e sim pelo descontentamento de Caboclo com o fato de o treinador ter estado ao lado dos jogadores no episódio da realização da Copa América no Brasil.
O grupo se sentiu usado como instrumento político do presidente da CBF e não gostou de não ter sido consultado da decisão. A retaliação foi considerada descabida e Caboclo caiu antes de “incendiar o parquinho”.
Um balaio de gato que faz lembrar o episódio às vésperas da Copa de 90, quando os jogadores da Seleção posaram para a foto oficial cobrindo a marca do patrocinador, contrariados com a divisão do dinheiro recebido pela entidade.
Amanhã tem o jogo contra o Paraguai, pelas eliminatórias, e o futebol ficou em segundo plano.
Fluminense 1 x 0 Cuiabá
Não foi a atuação que se esperava – talvez pelo horário e pelo pacote desconfortável que ele traz aos times. Roger esticou demais a corda na utilização da dupla Nenê e Fred e o Fluminense não teve a intensidade que o jogo pedia. Ainda mais diante de um adversário que fez da constante troca de passes a sua estratégia para igualar o jogo. E nem o gol de Gabriel Teixeira na reta final do primeiro tempo trouxe o conforto esperado.
O time tricolor não teve boa conexão com ataque e por pouco não deixa dois pontos pelo caminho. Decepcionou quem aguardava por mais imposição...
Botafogo 2 x 0 Coritiba
Marcelo Chamusca começa a encontrar peças interessantes para montagem de um time competitivo. Sem virtuosismo, é claro, mas com um ponta que acelera o jogo, um meia-atacante eficiente na fase ofensiva, um centroavante com espírito coletivo e dois laterais que ao menos tentam ajudar nas jogadas de contra-ataque.
Ronald, Chay, Navarro, Warley e Paulo Vítor me chamaram atenção por suas ações na fase de ataque. Individualmente, o Botafogo não tem encantamento. Mas começa a evoluir dentro do sistema proposto. O resultado só reforça a autoestima.
Ponte Preta 1 x 1 Vasco
Nos anos em que jogou a Série B (2009, 2014 e 2016), o Vasco fez, no mínimo, um bom Campeonato Carioca. O que não ocorreu desta vez. E o que vemos hoje? O time tenta se impor, mas, sem um meia organizador, patina. Como no Carioca.
E o empate em Campinas reforçou essa impressão. A bola não chega na sua referência ofensiva (talvez, a única) e o time incomodou pouco o adversário. Marcelo Cabo não consegue fazer a bola chegar em Cano e o pobre do argentino se esforça para não mostrar seu descontentamento.