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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Investimento em meio ambiente é tendência nas empresas

| 05/07/2021, 08:48 h | Atualizado em 05/07/2021, 08:50

Investidores vêm adicionando novos critérios para a escolha de fundos de investimento. Se antes o foco era a governança, atualmente, fatores sociais e ambientais também se apresentam como determinantes para a decisão sobre onde aplicar capital.

A pandemia do coronavírus e a devastação socioeconômica deixada em seu rastro também reforçaram a importância do componente social da ESG, que é o conjunto de políticas e práticas ambientais, sociais e de governança realizadas por empresas.

Uma pesquisa recente do JP Morgan mostrou que, em 2020, chegamos à marca de US$ 45 trilhões (R$ 227 trilhões) de investimentos no mundo realizados com algum nível de análise e integração ESG.

No Brasil, essa tendência também vem aumentando. Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), que representa as instituições do mercado de capitais brasileiro, os fundos de ações em sustentabilidade e governança acumularam mais de R$ 543 milhões em 2020.

Assim, investir segundo a prática dos critérios de Governança Social, Ambiental e Corporativa (ESG) passou a ser um fator de avaliação do valor de mercado de uma empresa, determinante para o lucro do acionista.

Práticas que vão ao encontro da preservação do meio ambiente e condições de trabalho mais justas e igualitárias estão cada vez mais presentes no radar dos consumidores. Portanto, refletem na perspectiva do cliente final quanto à empresa ou indústria.

De acordo com um estudo da Nielsen, de 2019, 42% dos consumidores brasileiros estão mudando seus hábitos de consumo para reduzir seu impacto no meio ambiente e 30% dos entrevistados estão atentos aos ingredientes que compõem os produtos.

Contudo, ainda que os consumidores estejam mais interessados em produtos e serviços que tenham impacto positivo no meio ambiente e na sociedade brasileira, infelizmente o País ainda está atrasado no tema.

Isso porque em outros países a prática já é uma exigência, dada a importância do assunto, e muitas vezes considerada essencial para quem vai investir no negócio.

Os holofotes se firmaram para o ESG no ano passado, quando a maior empresa de investimentos do mundo, BlackRock, anunciou que não faria mais negócios com empresas que não atendessem aos critérios da prática.

No Brasil, onde estão localizadas imensas riquezas naturais, um dos três pilares do ESG, é sobre a área ambiental que a pressão internacional é feita com mais força, o que tem levado empresas brasileiras a estenderem as suas ações de sustentabilidade, envolvendo toda a cadeia de fornecedores.

Vários fatores de sustentabilidade corporativa e de mercado, historicamente vistos como não financeiros, agora são essenciais para a manutenção da atividade de forma duradoura, como a preocupação com as mudanças climáticas, a disponibilidade de recursos hídricos, os custos relacionados ao uso de derivados de petróleo e outros.

Ainda a passos lentos, o mercado está descobrindo que ser sustentável também é lucrativo.

André Rocha é engenheiro ambiental.

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