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Cidades

Games viram mania entre cinquentões


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Tem idade certa para brincar? E para jogar games? Para quem acha que o passatempo só serve para crianças e jovens está enganado. Cada vez mais adultos se interessam pela diversão. A mania tem atingido até mesmo quem tem mais de 50 anos.

Foi-se o tempo em que pessoas dessa idade só faziam crochê, palavras cruzadas ou jogavam dominó. Agora a tecnologia também tem feito parte da rotina delas, que usam celulares, computadores e até videogames.

Algumas começaram a jogar ainda na juventude, outras foram influenciadas pelos filhos e netos e há também aquelas que descobriram os games pela internet.

Imagem ilustrativa da imagem Games viram mania entre cinquentões
José Maria, de 61 anos, começou a jogar videogame há 40 anos e até hoje se diverte com os jogos |  Foto: Leone Iglesias/AT

Foi há 40 anos que o aposentado José Maria, de 61 anos, começou a jogar videogame. Ele conta que já teve PlayStation, Xbox, cadeiras com volante, mas ultimamente joga Nintendo Wii com a filha de 2 anos e meio, e diz gostar da interação que o jogo proporciona.

“É um ótimo passatempo. Mas controlo o uso para não viciar minha filha. Há jogos em que uso o celular. Até meus netos são adeptos de jogos mais antigos por minha causa”.

A diversão também faz parte da rotina da aposentada Ilze Eliane Korting Pinto, 60. Foi ainda nos anos de 1980 que ela teve contato com os primeiros games, quando estudava programação.

Ilze relata que joga pelo celular e computador os jogos eletrônicos de quebra-cabeça Angry Birds e Candy Crush Friends, e o de lógica Sodoku. Para a aposentada, o melhor horário para o passatempo é no final do dia, quando é possível, em torno de meia hora.

“Nesses jogos você tem de pensar, planejar e memorizar para resolver um obstáculo. Para quem gosta de números como eu, eles ativam a lógica”, afirma.

A paixão de Ilze pelos games também chegou até seu filho Victor Hugo, 34. Por conta dessa influência, segundo a aposentada, ele decidiu se tornar professor de desenvolvimento de jogos digitais.

O uso de videogame por pessoas mais velhas atinge também os famosos. Os atores Ary Fontoura, 87, e Antônio Fagundes, 71, já revelaram nas redes sociais que gostam da diversão.

Em uma publicação, Ary disse: “em breve, o maior vovô gamer do Brasil”. Ele também já postou uma foto jogando a edição mais recente do game ‘Fifa'.

Ajuda na memória e concentração

Mais do que uma brincadeira, jogar games ajuda a melhorar a capacidade do cérebro. Eles podem até mesmo auxiliar na memória e concentração. Durante a pandemia, essa prática se tornou ainda mais comum.

Para ajudar pessoas com mais de 50 anos de idade, a International School of Game (ISGAME) – Escola Internacional de Games – desenvolveu o app Cérebro Ativo, voltado para o público acima de 50 anos para melhoria cognitiva e manutenção da saúde mental.

“Já temos evidências científicas de que os games, quando desenvolvidos com este propósito, podem ajudar a melhorar a memória, o raciocínio lógico e principalmente a saúde mental”, afirma o CEO da empresa, Fabio Ota.

O geriatra Luiz Gustavo Genelhu explica que os jogos de videogame são atividades que independem da idade. “Basta apenas uma adaptação nas novas tecnologias. Tem benefícios, principalmente, na atenção e há uma gama gigantesca de jogos que podem estimular a destreza e a coordenação motora. Fora a diversão, a união entre as gerações, o avô jogando com o neto, por exemplo”.

O geriatra Roni Chaim Mukamal, superintendente médico da MedSênior, destaca que, além de vantagens como melhora da capacidade cognitiva, os jogos permitem a interação.

“Existem alguns jogos que têm detector de posicionamento e que as pessoas podem usar para um treinamento físico, como jogar tênis ou ser usado para o equilíbrio”.

Outro destaque, segundo a geriatra Fernanda Damiani, é que, por meio de diversos tipos de jogos, é possível propor atividades para recuperar a amplitude de movimento de uma articulação, por exemplo.

“Também é possível propor atividades que controlem o movimento em pacientes com doença de Parkinson ou outras doenças que geram distúrbios do movimento”.

A médica ressalta ainda que todo tratamento deve ser individualizado, levando em consideração o perfil de cada paciente.

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