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Entretenimento

“É uma glória ser pai depois dos 60”, afirma Herson Capri


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Imagem ilustrativa da imagem “É uma glória ser pai depois dos 60”, afirma Herson Capri
Herson: "A gente vai melhorando. Tenho uma relação gostosa com meus filhos, sou amigo, parceiro, atencioso e torço para que sejam felizes" |  Foto: CAIO GALLUCCI/Divulgação

A cada papel, um aprendizado. E, já que ele tem mais de 45 anos de carreira, pode-se dizer que Herson Capri é um mestre. Mas há outro papel em que o ator de 69 anos acumula uma experiência invejável: o de pai. São cinco filhos, Laura, Pedro, Lucas, Luísa e Sofia, com idades entre 42 e 6 anos.

Para ele, ser pai de Sofia após os 60 anos coroa sua trajetória na paternidade. “Ser pai depois dos 60 é uma glória. Tem experiências acumuladas. Aí é só surfar no afeto, na atenção, no amor”, salienta ao AT2.

E é possível, assim como no trabalho, aprender a ser um pai cada vez melhor? Sem dúvida, ele garante. “A gente vai melhorando. Tenho uma relação gostosa com meus filhos, sou amigo, parceiro, atencioso e torço para que sejam felizes”.

Nesta quinta-feira (19), ao vivo no palco, com transmissão online da estreia, ele encarna um pai bem diferente de si mesmo no espetáculo “A Vela”, ao lado do ator Leandro Luna. Na trama, o professor aposentado Gracindo expulsou o filho de casa há 20 anos, por não compreender sua sexualidade. E agora os dois terão uma conversa definitiva.

Ele diz que a relação entre pai e filho “quase nunca é simples”: “A relação entre pai e filho mostrada na peça é universal e atual. E a conversa é sempre melhor que o rompimento”.

Na vida real, o eterno galã, pai de cinco e marido há 25 anos da cineasta Susana Garcia (“Minha Mãe é uma Peça 3”), 50, conta que sempre busca exercitar o acolhimento. “Fui educado com essa postura. E a mantenho”, justifica ele, que foi casado com a atriz Malu Rocha, de 1979 a 1989.


“É melhor que se discuta”


AT2 Conta um pouco sobre seu personagem em “A Vela”. O que o interessou no papel?

Herson Capri Meu personagem é um professor de literatura e especialista em cultura inglesa, aposentado e viúvo, que decidiu espontaneamente ir para um asilo. Quando está arrumando seus livros para levá-los, chega seu único filho, que ele expulsou de casa há 20 anos. Assim começa a peça.

Meu interesse foi porque a peça tem um conteúdo muito forte sobre acolhimento, rejeição em família e preconceitos, temas sempre importantes e muito discutidos atualmente. E também porque é bem escrita, tem dramaturgia muito boa, ótima direção e uma equipe de produção gentil e eficiente.

Acha que a relação entre pai e filho mostrada na peça é algo que precisa ser discutido nos dias de hoje?

Sim. Essa relação quase nunca é simples. Sempre é melhor que se discuta, que essas questões sejam temas de muita conversa.

Esse personagem é bem distante de você...

Espero que sim. Não me sinto preconceituoso. Ao contrário, faço questão de exercer o acolhimento das diferenças.

A peça será encenada sem público. Como tem sido esse momento?

Acho que todo ator que gosta de teatro sente muita falta da presença do público. E eu tenho muito prazer no teatro. É a primeira vez que faço dessa forma, encenando para uma gravação. Estou na expectativa do resultado.

A cultura foi bastante afetada pela pandemia e, ao mesmo tempo, foi o que salvou muita gente. Como foi para você viver este momento?

A pandemia foi e está sendo muito ruim para todos. Mas nós, brasileiros, estamos vivendo um momento especialmente ruim para a cultura. Quem nos governa não só não gosta de nenhuma das artes, como também, nitidamente, pretende acabar com elas. Junto com as ciências e os progressos humanos conquistados durante séculos. Isso é trágico para um país. Ficar assistindo a isso durante a pandemia está sendo difícil. Mas temos que resistir. E estamos resistindo.

Também foi o pai de Juliano em “Minha Mãe é uma Peça”, que terminou com casamento homoafetivo. É preciso que a arte derrube preconceitos?

A arte derruba preconceitos e está sempre à frente do seu tempo. Arte é uma necessidade básica. Sem ela, um povo fica descaracterizado, perde sua essência e fica sem referências para a sua própria evolução.

Ser pai é algo bastante familiar para você. Como é a sua relação com os seus filhos?

Minha relação com meus filhos foi mudando com o tempo e a cada filho que chegava. Tudo junto. Ser pai acumula vivências. A gente vai melhorando. Tenho uma relação gostosa com eles, sou amigo, parceiro, atencioso e torço para que sejam felizes.

Lucas, de 23 anos, e Luísa, de 20, seguem o caminho da arte. Como é vê-los trilhar esse caminho?

A profissão de ator tem muitos altos e baixos, muitas vezes mais baixos do que altos. Isso preocupa os pais. Mas eu confio demais neles.

Dou conselhos e conversamos muito sobre interpretação, mas só quando sou requisitado, para não interferir muito.


SERVIÇO


“A Vela”

O quê: Peça com Herson Capri e Leandro Luna, no Instituto Unimed-BH
Quando: Estreia com transmissão ao vivo nesta quinta-feira (19), 20h30
Onde: Transmissão ao vivo pelo Canal 264 da Claro TV e pelos canais no YouTube do Sesc de Minas Gerais (SescemMinasGerais), do Teatro Claro Rio (TeatroClaroRio) e da Pólobh (Polobhprodutora), com tradução simultânea de Libras e audiodescrição.
Quanto: Grátis

Temporada online
Quando: De 22 /10 a 14/11, às sextas e aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Quanto: R$ 10 (único)
Transmissão: Eventim
Classificação: 14 anos

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