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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Vulnerabilidade a medicamentos

| 18/08/2020, 09:32 09:32 h | Atualizado em 18/08/2020, 09:35

Enquanto o corpo envelhece, o espírito amadurece, pois ninguém é demasiadamente idoso para que não possa nutrir esperança. Vulnerabilidade a medicamentos fragiliza a saúde do paciente geriátrico.

Iatrogenia é qualquer alteração patológica indesejada, provocada por algum tipo de tratamento.

Trata-se, portanto, de uma resposta nociva e não intencional ao uso de um fármaco que ocorre em associação a doses normalmente empregadas para profilaxia, diagnóstico e tratamento.

Podemos citar, por exemplo, a queda repentina de pressão, em decorrência de interação entre duas drogas, causando tontura e desmaio.

Idosos são mais susceptíveis à iatrogenia, já que costumam tomar muitos medicamentos.

Em decorrência de diversas comorbidades, remédios são usados diariamente para tratamento de várias doenças. Um vovozinho pode ser diabético, ter níveis de colesterol acima do recomendado e sofrer de osteoporose.

Além disso, de vez em quando ele tem azia e fortes dores de cabeça. Por fim, costuma ser orientado por leigos, que deveria tomar vitaminas com o propósito de melhorar a memória.

Além dos fármacos prescritos pelos médicos, existe a automedicação. Nessas situações, a possibilidade do surgimento de iatrogenia, gerando confusão mental, hipotensão, problemas renais e processos alérgicos, é enorme.

Embora o uso de medicamentos cresça com o envelhecimento, a maioria dos fármacos prescritos nessa etapa da vida nunca foi testado na população idosa. A quase totalidade de ensaios clínicos é realizada com voluntários abaixo de 70 anos.

A ocorrência de efeitos adversos, o uso concomitante de vários medicamentos, além da dificuldade natural em se conseguir voluntários idosos que aceitem o risco de avaliar novas drogas são alguns dos motivos utilizados para justificar a falta de interesse pela indústria farmacêutica em testar drogas na terceira idade.

Paradoxalmente, a população que mais utiliza medicamentos, em virtude do aumento da prevalência de doenças, é a que menos possui estudos clínicos avaliando o impacto da utilização dos fármacos.

Como se não bastasse, essa faixa etária é a que mais apresenta efeitos colaterais aos remédios, com consequente elevação da taxa de mortalidade.

Mudanças fisiológicas provocadas pelo envelhecimento podem gerar alterações na absorção de drogas. Estas incluem diminuição da motilidade esofágica, retardo do esvaziamento gástrico e queda na produção de saliva.

Drogas absorvidas em meio ácido, como suplementos de ferro, por exemplo, têm sua absorção prejudicada no idoso.

Com o aumento da população idosa, torna-se necessário o reconhecimento das particularidades do paciente geriátrico diante das condutas terapêuticas.

Tal procedimento é importante para diferenciar entre mudanças que ocorrem de maneira natural com o envelhecimento, daquelas oriundas de processos mórbidos.

Saber lidar com a vulnerabilidade do ancião é trocar precipitação por precisão. A pressa é o tempo que perdeu a calma.

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