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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Vida com motivação e o alcance da longevidade

| 11/03/2020, 06:28 06:28 h | Atualizado em 11/03/2020, 06:29

Manter-se motivado nem sempre é fácil. Para quem já carrega a soma dos anos, as vivências boas e ruins, esse desafio pode ser ainda maior. Mas a resposta para aquela velha pergunta “O que faz você levantar todas as manhãs?” influencia diretamente na saúde, principalmente daqueles que já passaram dos 50 anos.

Um estudo feito com idosos na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, avaliou o bem-estar de pessoas da terceira idade e concluiu que aqueles indivíduos que não tinham um forte propósito de vida apresentavam maior taxa de mortalidade ao longo dos anos.

Independentemente da idade, ter um propósito ajuda a viver com qualidade e, consequentemente, a ter saúde física e mental. A motivação nos guia pela vida, dá sentido ao cotidiano e energia para realizar as tarefas diárias, enfrentar os problemas e, algumas vezes, descobrir novos significados para a existência.

Na terceira idade, é muito importante descobrir novas motivações e não se render ao isolamento social, que pode desencadear diversos problemas, como depressão e outras doenças.

Ter uma vida social na terceira idade é um dos grandes aliados da longevidade. Publicado no periódico científico The Journal of the American Medical Association, o estudo da Universidade de Michigan avaliou 6.985 pessoas com mais de 50 anos.
A pesquisa incentiva a adoção de políticas públicas para acolher quem está desamparado, uma medida fundamental para resgatar e prover uma velhice com saúde e felicidade a todos.
Essa rede de amparo deve envolver, primeiramente, a família, mas também ações conjuntas de governos que priorizem a terceira idade como ela merece.

A velhice é aquela fase da vida em que o organismo passa por limitações. E na vida social não é diferente: aposentadoria, filhos que saem para construir suas próprias vidas e por aí vai. Essas lacunas, portanto, é que devem ser preenchidas com novos sonhos com estímulos para ir além do que já se foi.

Hoje temos uma geração de idosos ativos, com expectativa de vida muito maior do que décadas atrás. De acordo com o Censo da Educação Superior 2017, há no Brasil 26.763 pessoas com 60 anos ou mais matriculadas em universidades públicas e privadas. Esse é só um exemplo que mostra o leque de possibilidades existentes para quem teve a chance de chegar à terceira idade.

Fazer atividade física, respeitando as orientações médicas; frequentar centros de vivência e desfrutar das atividades que esses locais oferecem; e medidas simples como cuidar da aparência e do corpo, são algumas iniciativas que, juntas, podem dar um propósito à vida e promover uma longevidade feliz.

E não se esquecer de que o cuidado, o companheirismo e o amor mútuo ajudam as pessoas a viverem momentos muito felizes e servem de base para que tenham motivação, não só para levantarem da cama, mas para fazerem tudo que podem com prazer e alegria.

Gustavo Genelhu é médico geriatra

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