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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Um Dia dos Pais muito diferente para comemorar

| 09/08/2020, 10:54 10:54 h | Atualizado em 09/08/2020, 11:05

Hoje, segundo domingo de agosto, comemoramos o Dia dos Pais no Brasil. A data foi celebrada pela primeira vez em 1953 e sua criação é atribuída ao jornalista Roberto Marinho, que apontou como principal razão a necessidade de fortalecer os laços familiares. Há quem diga, no entanto, que a data tem caráter comercial e objetiva aquecer o comércio nesta época do ano.

Nos EUA e Inglaterra o Dia dos Pais é celebrado no terceiro domingo de junho e em boa parte dos países ocidentais geralmente coincide com o dia cristão em que se comemora o Dia de São José, pai adotivo de Jesus Cristo. Há, ainda, registros que apontam a origem da data na Babilônia, onde há mais de 4 mil anos Elmesu teria enviado um cartão de argila ao seu pai, o rei Nabucodonosor, desejando-lhe saúde e vida longa.

O Dia dos Pais de hoje, no entanto, é diferente. Talvez, o mais diferente de todos, desde a criação da data em 1953. Com quase 3 milhões de contaminados pela Covid-19 e 100 mil mortos, muitas famílias não terão o que celebrar. Muitos laços familiares foram e ainda serão precocemente ceifados pela pandemia. Arrisco dizer que este Dia dos Pais ficará marcado por muitos anos nas memórias de todos nós. Não há como esquecer o momento e as peculiaridades do que estamos vivendo.

Pais que perderam seus filhos, muitos filhos que perderam seus pais. Famílias isoladas, que não podem se abraçar, se beijar ou confraternizar como antes. Milhares e milhares de desempregados que, em razão da pandemia e da necessidade de isolamento, perderam fontes de sustento.

Se por um lado, portanto, esta data será um dia de grande tristeza para milhares de brasileiros e brasileiras, por outro, a pandemia gerou oportunidade e tempo para refletirmos sobre o verdadeiro sentido de nossas vidas. Saímos do turbilhão de atividades que fazíamos automaticamente todos os dias e nos deparamos com uma nova realidade.

Muitas vezes a rotina de trabalho fez com que eu passasse alguns dias sem ver meu filho acordado. Hoje, a pandemia nos impõe uma vida diferente. As horas gastas no trânsito foram substituídas por mais momentos em família. No meu caso, em particular, as músicas do rádio deram lugar às intermináveis canções da Galinha Pintadinha.

Agora, nos intervalos do home office tenho tempo para uma troca de fraldas da minha filha, ou para ajudar meu filho nas tarefas virtuais (que, aliás, me obrigaram a aprender a matemática ensinada pelas escolas americanas no YouTube). Se é verdade que toda crise gera oportunidades, a minha foi poder conviver intensamente com minha família durante este período. Aproveitei e tenho curtido cada sorriso, cada descoberta, cada carinho dos meus filhos.

Me sinto abençoado por poder sentir, todos os dias, o amor mais transformador que um ser humano pode sentir, o amor por seus filhos!

Eugênio Ricas é delegado federal, adido da Polícia Federal nos EUA e mestre em Gestão Pública pela Ufes

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