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Entretenimento

Travessia e o verso de Bárbara Greco


Foi com o auxílio de um neologismo que a cantora e compositora capixaba Bárbara Greco trouxe à vida o seu primeiro álbum da carreira: “Atraverso”.

“O nome tem essa ideia de brincar com duas coisas: a travessia e o verso. É a travessia através do verso”, explica a artista de 30 anos.

Composto por 11 faixas, o trabalho foi lançado no fim do mês passado e ganhou até uma live para comemorar sua chegada ao mundo.

Imagem ilustrativa da imagem Travessia e o verso de Bárbara Greco
“Quis mostrar a minha caminhada e também transmitir que tudo é uma fase”, salienta Bárbara |  Foto: Divulgação

Apesar de ter os pés no forró pé de serra, o álbum reflete a plurarilidade musical de Bárbara. Nele há, além do forró, referências a xote, samba, pop rock e MPB.

“Quem vai aos meus shows está acostumado a ouvir outras referências. E é um álbum dançante!”, garante a artista, que destaca a releitura que fez de “Velha Roupa Colorida”, composta por Belchior.

“Ela começa como se fosse um bluezinho. Mas eu gosto de chamar de forró and roll”, brinca.

Além de todas as vertentes, o álbum carrega um conceito. É que, unidas, as músicas que o compõem formam uma colcha de retalhos que busca abordar as diferentes fases e etapas do amor.

O álbum avança no tema desde os seus primeiros passos, que iniciam com o flerte (“Menino Bonito”), a declaração (“Me Beija o Sorriso”) e deságua num possível término (“Enquanto Durou”). “Fiz um link com as faixas”, ressalta. “As pessoas falam que eu sou romântica”, diz a artista, aos risos.

Outra interpretação presente nas faixas lançadas por Bárbara é que elas representam a sua trajetória e afirmam que tudo é passageiro.

“Quis mostrar a minha caminhada e também transmitir que tudo é uma fase”, destaca a forrozeira, que diz sentir na pele o que é ser mulher trabalhando com arte.

“Também quis trazer forte a questão do empoderamento feminino. Porque ser mulher na música não é fácil. No forró, pior ainda”, desabafa ela, que já tem pensado nos seus projetos do futuro.

“Não quero ficar muito presa a apenas um gênero musical. As pessoas podem esperar eu me desafiando e passeando por outros ritmos”, ressalta a jovem artista.


"Pensei que as pessoas estão precisando de alegria”


AT2 Como nasceu seu primeiro álbum, “Atraverso”, e o que quis transmitir?

Bárbara Greco Comecei a tocar em 2015 porque eu me descobri compositora. O forró pé de serra, costumo dizer, me abraçou. Era um ambiente que eu frequentava e, em parceria com outros músicos, fui me descobrindo.

Foi por causa de uma música, “Acalanto”, em parceria com o Black do Acordeon, que tudo disparou. A partir daí, o projeto surgiu. De lá pra cá, fui recebendo músicas de outros compositores. E já vinha tentando lançar um material completo. Só que aí tiveram muitas questões... pensei em desistir da música. Veio a pandemia... E atrasou o projeto.

Qual é o significado de “Atraverso”?

Tem a ver comigo. E eu acho que tem a ver com muitas pessoas que se identificam. A ideia da travessia através do verso. A travessia através da música. O quanto a música ajuda a curar e nos ajuda a seguir em frente, a fazer essa travessia.

Ainda mais com a pandemia que trouxe a questão de que nem tudo está no nosso controle. Na verdade, a gente viu que a arte salvou muita gente nesta pandemia. A música então... Nem se fala. 

As faixas estavam prontas?

A maioria das músicas já estava reunida. A última que entrou foi “Gente Que Nem Eu”, que abre o disco. Ela veio quando eu estava já dentro do estúdio e é uma música que fala muito do Espírito Santo.

E foi essa faixa que me fez fazer a live em um lugar aberto. Primeiro, quis fazer em Vitória, mas não rolou. A live acabou acontecendo em um chácara em Viana.

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Como se descobriu compositora?

Sempre gostei de escrever. Gostava de escrever poesias. Sempre conversei muito com o papel.  Mas foi quando o Black me mostrou “Acalanto”, e ele disse que não conseguia terminar. A música já tinha um caminho. Não peguei do zero. Sou muito mais letrista. Tenho essa dificuldade de começar do zero. Por isso possuo tantas parcerias. Então, “Acalanto” já tinha um tema e a gente seguiu com ela.

O álbum aborda várias vertentes musicais. Dentro da pluralidade, o que quis mostrar?

Quis mostrar a minha caminhada e que tudo é fase. Ao mesmo tempo, quis trazer forte a questão do empoderamento feminino. Porque ser mulher na música não é fácil. No forró, pior ainda. Trazer também a questão da força. A gente enfrentou e ainda enfrenta a pandemia. O álbum veio neste momento. Até repensei se era o momento lançar... 

O que a fez decidir?

Pensei que as pessoas estão precisando de alegria. Ainda mais no tempo junino, que é tão nosso do forró. E os forrozeiros amam tanto essa época! Aí falei: “Por que não?”. O disco estava guardado há tanto tempo que chegou a um ponto que queria lançar no mundo.

Qual olhar pretende ter desse disco no futuro?

Com muito carinho. Consegui depois de tantos empecilhos. Consegui fechar esse ciclo.

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